BNDES aprova R$ 37,4 milhões para Nortec desenvolver insumos para produção de medicamentos

A Nortec Química, de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, atua no setor farmacêutico há 40 anos. Os produtos químicos básicos utilizados como matéria-prima passam por diferentes etapas de processamento até a obtenção do IFA, que é a molécula responsável pelo efeito terapêutico de um medicamento. A empresa consegue produzir cerca de 400 toneladas por ano além de fornecer princípios ativos para o SUS. Além disso, ela atende grandes farmacêuticas como Aché, Cristália, EMS, Eurofarma, HypermarcasCotação de Hypermarcas, União Química, Valeant, Sanofi e Takeda.

Prioridade para ‘Ozempic nacional’ divide indústria do emagrecimento

A Anvisa publicou o edital que prioriza as canetas de emagrecimento produzidas por laboratórios nacionais na fila dos pedidos de licença e a medida, um pedido do Ministério da Saúde, dividiu o mercado, levando laboratórios estrangeiros à Justiça. Defensores da indústria nacional dão apoio, sustentando que a competição reduz preços aos SUS.

A agência decidiu priorizar a análise de registros para novos produtores para trazer concorrência e evitar o risco de desabastecimento para remédios à base de semaglutida e liraglutida, usadas no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.

Embora o edital ofereça a mesma oportunidade a todas as empresas aptas, confere preferência para aquelas que tenham etapas de produção nacional —fortalecendo a indústria brasileira e alinhando-se à meta do Ministério da Saúde de ampliar a produção interna de 42% para 70% das necessidades nacionais.

Nova diretoria toma posse e indica inovação e tempo de análise como prioridades

Para Leandro Safatle, a aceleração tecnológica que o mundo vive e a preparação da indústria nacional para este momento exigem que a Agência adote uma visão regulatória integrada e excelência técnica. Ele também citou, entre as prioridades da sua gestão, a redução das filas e tempo de análise, a recomposição da força de trabalho e a ampliação do uso de inteligência artificial e tecnologia no dia a dia da agência.

Safatle ainda destacou a importância de que a ciência esteja no centro das decisões da instituição. “A ciência estará no centro das nossas decisões, vamos retomar o conselho científico e ampliar o diálogo com especialistas nacionais e internacionais. Dois valores inegociáveis são credibilidade e autonomia da Anvisa, está é uma agência de Estado”.
A diretora Daniela Marreco também destacou a prioridade que deve ser dada às inovações tecnológicas para os produtos regulados pela Anvisa. Ela ainda chamou atenção para a importância de se ter um ambiente tecnológico estável e transparente, que traga segurança para que pessoas e empresas planejem suas vidas e investimentos. Daniela reforçou a preocupação com os tempos de análise da Agência, defendendo que a Anvisa precisa ser uma agência de acesso ao desenvolvimento e à inovação. “Não podemos ser barreira, mas sim ponte para o acesso”, declarou a diretora.

Hypera com recomendação de compra e RD como neutra: a visão do Morgan para setor

Um estudo do Morgan Stanley aponta que, entre este ano e 2035, o mercado farmacêutico deve crescer a uma taxa composta anual (Cagr) de 10%, sustentado pela maior acessibilidade a medicamentos e pelo envelhecimento da população. Essa expansão abre espaço para uma corrida entre os genéricos, que avançam com descontos cada vez mais agressivos, e os medicamentos inovadores, como os GLP-1, voltados para diabetes e obesidade, que ganharam protagonismo nas prateleiras.

É por causa desse cenário que a Hypera (HYPE3) aparece como um nome que chama atenção do banco. Hoje negociada a um múltiplo de preço sobre lucro estimado para 2026 em torno de sete vezes, a companhia, segundo os analistas, parece ser subestimada pelo mercado. A ação, que nesta terça-feira (9) é negociada a cerca de R$ 23,50, para os analistas está barata em relação ao potencial de crescimento, já que a empresa deve acelerar suas vendas com lançamentos previstos para os próximos anos.

A era do dono/influenciador

João Adibe (Cimed): transformou a própria imagem em canal de marca (mais de 4 milhões de seguidores no Instagram). A Cimed faturou R$ 3,6 bi em 2024 (+22%) e fechou dezembro com R$ 500 mi no mês. Em entrevista, Adibe defende que “produto sem cara não vende” — tese alinhada ao aumento de investimento em mídia e construção de marca da companhia.

Eurofarma deve iniciar produção em Montes Claros ainda em 2025

Neste mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu a Autorização Especial (AE) da unidade, ato de competência exigido para as atividades de armazenamento, distribuição, embalagem, expedição, fabricação e reembalagem, envolvendo substâncias sujeitas a controle especial ou com os medicamentos que as contenham. O deferimento do pedido foi publicado pela autarquia na última segunda-feira (8).