Com faturamento de R$ 1,3 bi em 2023, indústria começou a produzir o Atentah, primeiro medicamento não-estimulante para portadores do transtorno.
A Apsen registrou em 2023 uma receita líquida de R$ 1,3 bilhão, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. O desempenho ficou abaixo da média dos últimos cinco anos, de 16,1%, período no qual a receita líquida saiu de R$ 650 milhões para R$ 1,3 bilhão. “Foi um ano bastante complexo para todo o mercado farmacêutico. Quando você tem menos pessoas com convênio de saúde, a indústria sofre um impacto”, afirma. O que garante um resultado expressivo, mesmo com os desafios do setor, é a ampliação do portfólio, diz o executivo. “Cerca de 35% da nossa receita hoje vem dos lançamentos que fizemos nos últimos cinco anos”, diz.
Para entender onde estão as brechas no tratamento — dosagens mais eficientes, alternativas de princípios ativos ou até mesmo preço mais acessível — e assim definir em que produtos mirar, a Apsen mantém um relacionamento estreito com uma rede de médicos. São eles que dão à empresa a noção de onde há necessidade de caminhos alternativos aos já oferecidos pela indústria.
Nesse mapeamento, a Apsen passou a atuar em 10 especialidades, sendo que os três principais são os segmentos de urologia, sistema nervoso central – que inclui uma droga para pacientes com Alzheimer – e doenças músculo-esqueléticas. Em todos os casos, a empresa passou a produzir medicamentos totalmente inovadores ou então mais acessíveis, por meio de parcerias com grandes centros de desenvolvimento. “Em alguns casos, nossos produtos são voltados para mercados que não são gigantes e, portanto, nem todo mundo tem interesse. Então, a gente acaba conseguindo ajudar o médico de uma maneira que ele vê muito valor”, diz Castanha.