Sílvio Santos vende Jequiti para a CIMED e transfere todo o patrimônio e outorgas do SBT para herdeiras em “usufruto”

Senor Abravanel, mais conhecido como Sílvio Santos, de 93 anos, está prestes a concluir mais uma etapa da transferência de seus bens para suas filhas e esposa. Nesta semana, o empresário assinará a venda de 50% da Jequiti Cosméticos para a CIMED, empresa de capital aberto que, em breve, revelará ao mercado financeiro os detalhes da transação. A informação foi revelada por Ricardo Feltrin, jornalista aposentado do UOL e Folha de São Paulo e mantém um canal no YouTube.

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Agora, de acordo com informações exclusivas concedidas ao do jornalista Ricardo Feltrin, a Jequiti vendeu 50% das suas ações a rede Cimed, uma das maiores empresas farmacêuticas do país.
Seu nome certamente chocou, afinal de contas, a nova dona da metade dos negócios da Jequiti está ativa no mercado desde 1947 e faturando cerca de R$ 2 bilhões por ano.

Ainda de acordo com Feltrin, o valor da transação não foi revelado, porém as negociações iniciaram ainda no ano de 2023.

Segundo as fontes do jornalista, ao que parece, a Cimed queria comprar a totalidade da Jequiti, porém essa negociação não foi possível.

Vale mencionar que a Cimed ainda insiste com uma vultosa proposta. Inclusive, a Jequiti já foi alvo para compra de outras empresas, como a Boticário, por exemplo.

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Sob seu comando, o faturamento da companhia no Brasil saltou de R$ 2,4 bilhões em 2021 para R$ 4,5 bilhões em 2023. A cifra exclui os negócios, de valor não divulgado, com o Sistema Único de Saúde (SUS), que compra grande parte da insulina produzida na fábrica de Montes Claros, em Minas Gerais, e também um medicamento para hemofilia. Como no restante do mundo, a receita foi impulsionada pela explosão na procura pelo Ozempic, medicamento para diabetes que vem sendo usado para perda de peso. O Wegovy, com o mesmo princípio ativo e oficialmente indicado para obesidade, chegará ao Brasil no segundo semestre.

Para conquistar o cargo, depois de ter deixado a vice-presidência de novos canais do Grupo Boticário, contou com a ajuda da irmã endocrinologista. “Ela me explicou como funcionam as diferentes insulinas para que eu me preparasse para o processo seletivo. Já no novo posto, seu currículo atípico trouxe vantagens. “Acho que pude contribuir com minha experiência na área de consumo, com um olhar mais focado no cliente”, diz. Com ela, a companhia lançou, por exemplo, o portal da empresa dirigido a médicos, com cursos, vídeos, artigos científicos e dados de pesquisa.

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Ter o crescimento no horizonte é uma estratégia que vale tanto para marcas que disputam espaço nas prateleiras quanto para os donos delas. No varejo, escala faz diferença. Fundada na cidade do Rio há 132 anos, a Drogaria Pacheco abriu as portas pela primeira vez na Rua dos Andradas, no Centro — em funcionamento até hoje, com características da época preservadas.

De lá para cá, acelerou o crescimento com a fusão com a Drogaria São Paulo e hoje está em nove estados. Ao longo dessa trajetória, viu duas pandemias e duas grandes guerras que abalaram cadeias de produção e logísticas do planeta, bem como atravessou crises internas e períodos de inflação alta.

Para Jonas Laurindvicius, CEO da rede, ter muito tempo na praça faz diferença, mas é preciso se adaptar às mudanças nas relações de consumo. “Nossas lojas sempre foram espaços de confiança e acolhimento. Nós nos mantivemos
atualizados e acompanhando a evolução dos nossos clientes. Investimos muito para estarmos presentes onde e quando o cliente precisar, na loja física, no site ou no app.”

Muitas vezes novas tendências forçam um reposicionamento. É o que aconteceu com a Droga Raia, que já contava 106 anos quando se uniu à Drogasil em 2011 para formar a RD Saúde, que hoje soma 1.400 unidades no país. As lojas se transformaram no que a empresa chama de hubs de saúde, onde não há só medicamentos, mas também itens de perfumaria e serviços como exames e aplicação de vacinas.

“Décadas atrás, o farmacêutico era talvez um agente de saúde de alta relevância para o público. Ao longo de décadas, o modelo de negócio das drogarias foi se aproximando mais do comércio. Os hubs resgatam a origem do papel da farmácia. Estamos próximos da população”, diz Marcello De Zagottis, vice-presidente de Marketing da RD Saúde.

Quem vê o design moderno das lojas da rede hoje não imagina que a primeira delas, a Pharmacia Raia, foi aberta em agosto de 1905 em Araraquara (SP) pelo imigrante italiano que deu nome à empresa: o farmacêutico João Baptista Raia.

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Oncoclínicas: a proposta recusada e as outras transações na mesa

Um outro proponente tinha tentado o acordo fechado pelo banco Master com os controladores da Oncoclínicas. Carlos Sanchez, o dono da farmacêutica EMS, começou a montar posição na empresa como acionista, afirmam fontes com conhecimento do assunto, e chegou a colocar preço como investidor principal de um aumento de capital — mas não bateu o prêmio sobre tela oferecido por Daniel Vorcaro.

Quem também não ficou muito satisfeito foi Nelson Tanure, empresário que havia abordado o fundador da Oncoclínicas, Bruno Ferrari, e o Goldman Sachs há dois anos para tentar negócio, mas sem avanço. No mercado, desde que a transação com Master foi anunciada, especula-se se Tanure estaria envolvido nesta operação e ainda que um próximo passo seria uma fusão com Alliança. Duas fontes diretamente envolvidas no negócio rechaçam as duas teorias: asseguram que não há capital de Tanure envolvido e nem desenho com sua empresa de saúde.

Mas há outras operações em curso envolvendo a Oncoclínicas, apurou o

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Corte de gastos na Pfizer superará R$ 7 bilhões até 2027

As primeiras medidas, focadas na eficiência operacional, começarão a ser aplicadas já em 2025. Só que essa etapa inicial não será apenas sobre economia.

Como haverá desligamentos de colaboradores e implementações, a Pfizer estima um aporte de US$ 1,7 bilhão (cerca de R$ 8,7 bilhões).
Vendo seu lucro em 2023 cair a menos de 10% do que foi registrado em 2022 e suas receitas caírem quase pela metade no mesmo período, a Pfizer decidiu que era o momento de apertar o cinto para voltar aos trilhos.

Segundo a farmacêutica, a crise atual se deve exclusivamente a queda na venda de produtos ligados à Covid-19, que foram o grande motor dos resultados no ano retrasado.

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Reputação da indústria farmacêutica está em queda, diz pesquisa

Pesquisa anual da Patient View, que analisa a reputação da indústria farmacêutica, revela queda no setor pela primeira vez após a pandemia. Essa é a 13° edição do levantamento, que aponta a redução no financiamento de grupos de pacientes como principal foco de rejeição.

Os entrevistados foram questionados quanto ao desempenho das companhias durante o ano de 2023 e o início de 2024. Mais de 2,5 mil pacientes de 106 países forneceram seus feedbacks.

A comparação dos dois últimos anos apresenta resultados que variam de acordo com os países. Os índices satisfação “excelente” ou “boa” caíram 12% na Argentina e 8% no México, enquanto na Colômbia e Brasil registraram um aumento de 8% e 6%.

Austrália, Estados Unidos e diversos países europeus também registraram queda na satisfação. O desempenho global das farmacêuticas caiu 3% de acordo com a pesquisa, caindo de 60% em 2022 para 57% em 2023.

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