Economia estagnada, com investimento e poupança em queda, aponta futuro desanimador; leia análise

Os dados do PIB brasileiro no terceiro trimestre, divulgados nesta terça-feira, 5, pelo IBGE, mostram uma economia estagnada. O crescimento de 0,1% até veio melhor que o esperado pelo mercado (-0,2%), mas é um crescimento praticamente estatístico. Serve para livrar o País de uma recessão técnica (quando há dois trimestres seguidos de queda) que se avizinhava, já que as projeções para o quarto trimestre não são das melhores. Mas não é um quadro dos mais animadores.

O resultado do período de julho a setembro foi muito influenciado pelo agronegócio, que caiu 3,3% em relação ao segundo trimestre. A indústria cresceu 0,6%, mesma alta registrada pelos serviços. O consumo do governo subiu 0,5%, enquanto o consumo das famílias teve o melhor desempenho dentro da atividade econômica, com alta de 1,1%.

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Taxa de HPV no ânus atinge 52% dos jovens

A taxa de infecção por HPV (papilomavírus humano) na região anal atinge 52% dos jovens brasileiros entre 16 e 25 anos que já iniciaram a vida sexual, com maior prevalência entre as mulheres (63,2% contra 36,8% entre os homens).

Os resultados, obtidos pela Folha, são da primeira pesquisa nacional sobre o tema, feita a pedido do Ministério da Saúde, e mostram uma taxa de infecção anal muito semelhante à da região genital (58,6 %).

O HPV envolve um grupo de mais de 150 vírus, dos quais pelo menos 13 estão associados a vários tipos de câncer, como o de colo uterino, o de ânus, o de pênis e o de cabeça e pescoço.

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Doença de Crohn cresce 12% ao ano no país

A cada 100 mil brasileiros, 34 têm uma doença inflamatória no trato digestivo que pode provocar diarreia, cólica abdominal, perda de peso e obstruções intestinais, entre outros sintomas. Trata-se da doença de Crohn, que registrou um crescimento médio anual de 12,1% no total de casos entre 2012 e 2020, mas é ignorada por parte da população e dos profissionais de saúde.

O aumento na prevalência é apontado em um estudo publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas, que indica também maior frequência da enfermidade nas regiões Sudeste e Sul.

“Suspeitamos que no Sul e Sudeste a forte influência europeia possa ter levado a uma tendência genética. Além disso, o processo de industrialização nessas regiões contribui para o aumento da doença inflamatória intestinal”, diz Adérson Omar Mourão Cintra Damião, chefe do grupo de doenças intestinais do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP), coordenador do grupo de doenças inflamatórias intestinais da Rede D’Or e um dos autores do trabalho.

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Medicamentos para diabetes lideram vendas

Os medicamentos para diabetes e obesidade lideraram as vendas da indústria farmacêutica no terceiro trimestre de 2023, considerando o mercado farmacêutico dos Estados Unidos. Depois de registrar uma queda de 11% na receita nos primeiros três meses do ano, em grande parte devida à diminuição nas vendas de anticorpos contra a Covid-19, a Eli Lilly obteve o maior ganho de receitas do setor – com 38%.

Segundo levantamento do portal Fierce Pharma, as vendas da farmacêutica foram impulsionadas pelo Mounjaro (tirzepatida), voltado ao combate do diabetes tipo 2 e que gerou US$ 1,4 bilhão apenas em seu quinto trimestre completo no mercado. O laboratório que mais rivalizou com a Lilly foi a Novo Nordisk, com aumento de 29% impulsionado pelos blockbusters Ozempic e Wegovy.
Um relatório do banco TD Cowen projeta que o mercado de medicamentos para diabetes tipo 2 e obesidade movimentará US$ 102 bilhões até 2030. E duas farmacêuticas exercerão amplo domínio neste segmento – Novo Nordisk e Lillo deverão ter, respectivamente, 52% e 44% de share. Os analistas também acreditam que a Lilly eventualmente terá uma vantagem, em função do seu composto de mecanismo duplo tirzepatida e a recém-aprovação da FDA para seu remédio contra obesidade crônica, o Zepbound.

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Descontinuação de medicamentos preocupa psiquiatras

Em sua coluna no Estadão, o psiquiatra Daniel Martins de Barros faz uma alerta sobre a descontinuação de medicamentos considerados importantes para a prática psiquiátrica. O caso mais recente foi o anúncio da interrupção temporária do antidepressivo Parnate, da GSK, que submeteu a decisão à Anvisa no dia 8 de novembro.

Segundo a farmacêutica em comunicado, trata-se de um “reflexo de decisões estratégicas da companhia, que não reflete nenhum risco à saúde do paciente que faz uso do medicamento”. Na análise de Barros, apesar de não ser um medicamento campeão de prescrição, o Parnate é relevante em função de sua eficácia em graves de pacientes que não responderam a qualquer outro medicamento.

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Pfizer modificará comprimido contra obesidade após resultados negativos

Um novo medicamento contra a obesidade em desenvolvimento pela Pfizer provocou alto índice de efeitos colaterais durante um ensaio clínico que, por isso, não vai continuar, anunciou a farmacêutica americana na sexta-feira (1º).

A Pfizer detalhou, no entanto, que vai trabalhar em uma versão modificada do fármaco, chamado danuglipron.

Esse medicamento pertence a uma nova classe de tratamentos bem-sucedidos que imitam um hormônio gastrointestinal (GLP-1) para induzir a sensação de saciedade e, consequentemente, a perda de peso.

A particularidade do danuglipron, diferentemente dos concorrentes que já estão no mercado, é que sua administração é via oral, mediante comprimidos, e não através de injeção.

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Projeto transfere ao governo tratamento de voluntário

Para eles, as novas regras podem enfraquecer salvaguardas que hoje defendem as pesquisas científicas com seres humanos, como a existência da Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), que, segundo eles, perderia suas funções.

Em um posicionamento enviado ao Congresso, a atual gestão defende que a Conep continue à frente do acompanhamento de pesquisas em seres humanos.

Criada em 1996, a comissão tem composição multidisciplinar com participação de pesquisadores, estudiosos de bioética, juristas, profissionais de saúde, das ciências sociais, humanas e exatas e representantes de usuários.

Outra questão polêmica do projeto diz respeito aos direitos dos participantes voluntários das pesquisas e aos deveres do pesquisador, patrocinador e entidades envolvidas.

Pelas regras atuais, o tratamento deve ser fornecido pelas farmacêuticas de forma permanente e gratuita aos pacientes que participaram dos experimentos clínicos.

Já o texto aprovado garante a continuidade do fornecimento do medicamento ao paciente participante pelas fabricantes durante cinco anos após a pesquisa ser certificada ou o remédio já estar no comércio. Depois disso, passa ser obrigação do governo garantir a continuidade do tratamento.

A Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) comemorou a aprovação do projeto e considera que ele é decisivo para pôr o Brasil entre os dez primeiros países no ranking global de pesquisa clínica.

Para Renato Porto, presidente-executivo da Interfarma, as manifestações do governo federal contrárias ao projeto são “contrapontos técnicos”.

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