Falta de remédio para hanseníase eleva críticas a Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde vem enfrentando um cenário de escassez de medicamentos para hanseníase. Como resultado, pacientes de todo o país com a doença não conseguem iniciar ou acabam interrompendo o tratamento em todo o país.

Segundo documento do ministério, os medicamentos usados no tratamento de primeira linha da hanseníase (poliquimioterapia e clofazimina) são doados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e ainda não foram recebidos.

O ministério afirmou em nota à reportagem que a OMS afirmou que houve atraso por problemas de produção e pelos problemas logísticos no transporte marítimo na região do Oriente Médio. A previsão é receber os produtos ainda em março.

No entanto, o Ministério da Saúde reconhece no documento que, em relação à clofazimina, as quantidades recebidas no ano de 2023 já não eram adequadas para suprir a demanda da rede por causa do aumento do consumo.

Entidades apontam que a distribuição irregular dos medicamentos já é observada desde o início da pandemia da covid-19 e que a pasta não elaborou nenhum plano alternativo efetivo para lidar com o problema.

Em resposta à escassez, o ministério sugere no documento e em nota enviada à reportagem o uso de medicamento de segunda linha, conhecido como ROM (Rifampicina + Ofloxacino + Minociclina), em dose única mensal. Segundo a pasta, há respaldo científico para isso.

Mas especialistas apontam que os medicamentos de segunda linha oferecidos para suprir momentaneamente a situação não são eficazes para todos os tipos da doença. Além disso, afirmam que esses produtos também estão em falta em algumas regiões.

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Fujitsu usa inteligência artificial para acelerar pesquisas de medicamentos

A Fujitsu associou-se ao instituto de investigação Riken, apoiado pelo governo, para desenvolver tecnologia de inteligência artificial generativa que prevê o estado da proteína alvo de um medicamento no corpo mais de dez vezes mais rápido que os métodos existentes.

Usando imagens de proteínas obtidas com microscopia crioeletrônica avançada, a Fujitsu e a Riken aplicaram inteligência artificial generativa para reproduzir as proteínas como estruturas tridimensionais em movimento.

Os testes começarão já no ano fiscal de 2024. A Fujitsu deve entrar em contato este mês com cerca de 90 membros do Life Intelligence Consortium, que inclui empresas farmacêuticas e universidades.

Os medicamentos são administrados com substâncias que se ligam a proteínas específicas que causam doenças e outras condições, ajudando a impedir que os vírus invadam as células ou ataquem o câncer.

A nova tecnologia abre caminho para acelerar o processo de estimativa da forma e dos movimentos da proteína alvo de um determinado medicamento. Em um experimento com proteína ribossômica, um processo que levava um dia inteiro para os especialistas foi reduzido para duas horas.

Os pesquisadores analisaram convencionalmente um grande número de imagens de microscópio eletrônico para prever a estrutura 3D de uma proteína. É difícil prever com precisão seus movimentos. Considerando o limite físico do que pode ser examinado de uma só vez, o trabalho leva até meses.

Os planos preveem o desenvolvimento de uma inteligência artificial que preveja os movimentos das proteínas no nível atômico, com base no material genético.

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Novo Nordisk in €1bn deal for RNA-based heart disease therapies

Novo Nordisk has struck a €1bn deal for a German biotech developing ribonucleic acid-based therapies to treat heart disease, as the Danish group invests the windfall from its best-selling diabetes and weight loss drugs.

The acquisition of Cardior Pharmaceuticals will give Novo Nordisk a treatment for heart failure in mid-stage trials that targets the root causes of heart disease.

Novo Nordisk, the maker of blockbuster diabetes and weight loss drugs Ozempic and Wegovy, said the transaction was an “important step” in its strategy to “establish a presence in cardiovascular disease”.

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Nasa promove pesquisa espacial para combate ao câncer

Experimentos na gravidade zero do espaço, onde as células envelhecem mais rápido, levaram a um “progresso impressionante” na luta contra o câncer, afirmam funcionários da Nasa, que estão empenhados no combate à doença.

O espaço é “um local único para pesquisa”, disse o astronauta Frank Rubio em um evento recente em Washington.

Este médico e ex-piloto militar de helicóptero conduziu pesquisas sobre câncer em sua recente missão na Estação Espacial Internacional, que orbita a cerca de 400 quilômetros acima da Terra.

Na estação espacial, as células não apenas envelhecem mais rapidamente, acelerando a pesquisa, mas também suas estruturas são descritas como “mais puras”.

“Nem todas elas se agrupam (como fazem) na Terra devido à gravidade. Elas estão suspensas no espaço”, permitindo uma melhor análise de suas estruturas moleculares, explicou o diretor da Nasa, Bill Nelson, em uma entrevista.

A pesquisa no espaço pode ajudar a desenvolver medicamentos mais eficazes contra o câncer, acrescentou Nelson.

A gigante farmacêutica Merck realizou pesquisas na EEI com o medicamento chamado Keytruda, fornecido atualmente aos pacientes por via intravenosa.

Seu ingrediente principal é de difícil transformação no estado líquido. Uma solução é a cristalização, um processo frequentemente usado na fabricação de medicamentos.

Em 2017, a Merck realizou experimentos para ver se esses cristais poderiam se formar mais rapidamente no espaço, em comparação com a Terra.

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Por que envelhecemos? Pesquisadores investigam

De acordo com algumas estimativas, os consumidores gastam US$ 62 bilhões por ano em tratamentos anti-envelhecimento. Mas enquanto cremes, tinturas de cabelo e botox podem dar a impressão de juventude, nenhum deles pode fazer o tempo voltar.

Os cientistas estão trabalhando para entender as causas biológicas do envelhecimento na esperança de um dia poder oferecer ferramentas para retardar ou interromper seus sinais visíveis e, mais importante, as doenças relacionadas à idade. Esses mecanismos subjacentes são frequentemente chamados de “as marcas do envelhecimento”. Muitos se enquadram em duas categorias amplas: desgaste geral em nível celular e a diminuição da capacidade do corpo de remover células e proteínas antigas ou disfuncionais.

“O crucial sobre as marcas do envelhecimento é que são coisas que dão errado durante o envelhecimento, e se você as reverter,” você pode viver mais tempo ou ser mais saudável enquanto envelhece, disse Dame Linda Partridge, pesquisadora professora na divisão de ciências biológicas do University College London que ajudou a desenvolver o framework das marcas do envelhecimento.

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Paxlovid: remédio para Covid está subutilizado no SUS

O Paxlovid (junção dos anvirais nirmatrelvir e ritonavir), indicado para tratamento da Covid leve em adultos, está subutilizado no país. É o que mostram os números obtidos via LAI (Lei de Acesso à Informação) pela Fiquem Sabendo —organização sem fins lucrativos especializada em transparência pública.

De acordo com os dados levantados, desde 2022 —o medicamento foi incorporado ao SUS (Sistema Único de Saúde) em maio daquele ano—, dos 3,2 milhões adquiridos pelo Ministério da Saúde, 2,7 milhões foram distribuídos aos estados, sendo que 472 mil seguem estocados.

Para Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo e consultor do Ministério da Saúde para a área de Covid e doenças respiratórias, os médicos que não são especialistas na área e atendem nos prontos-socorros desconhecem que o Paxlovid existe.

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Wegovy será coberto pelo Medicare dos EUA para pacientes com doenças cardíacas

Agência que administra cobertura de planos de saúde não aceita tratamentos para perda de peso, mas outras causas secundárias podem ser incluídas

Analistas previram que o mercado de medicamentos para perda de peso poderia atingir pelo menos US$ 100 bilhões por ano até o final da década, com a produção de Wegovy e os medicamentos Zepbound e Mounjaro da Eli Lilly não conseguindo acompanhar a demanda surpreendente.

Um porta-voz da Novo disse que a empresa ficou encorajada ao ver a orientação, mas mais trabalho era necessário porque o Medicare ainda não cobre medicamentos para obesidade para o gerenciamento crônico do peso.

A cobertura do Wegovy pelo Medicare abre o medicamento para negociações de preços do governo sob o Ato de Redução da Inflação do Presidente Joe Biden.

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Venda de açõe pode garantir R$ 21 bilhões aos cofres de farmacêutica

A venda de ações na Haleon possibilitará que a Pfizer some US$ 4,27 bilhões (cerca de R$ 21,3 bilhões) aos seus cofres. Segundo a empresa de saúde do consumidor, a gigante farmacêutica reduzirá sua participação no negócio. As informações são do Valor Econômico.

Os norte-americanos possuíam 32% dos papéis da companhia e, após a transação, ainda manterão 22,6%, além da disposição de mais de 790 milhões de ações do grupo.

Os papéis comercializados pelo laboratório tiveram um valor 7% menor do que o de fechamento do mercado na última sexta-feira, dia 15, sendo vendidos por 308 pence cada (cerca de R$ 19,59).
Em 2019, a GSK se fundiu com a área de saúde do consumidor da Pfizer, dando origem a uma joint venture que, em 2022, se tornaria uma empresa a parte, com listagem própria na bolsa de valores londrina.

Diferente da farmacêutica britânica, que já vinha diminuindo sua participação, os norte-americanos venderam suas ações apenas agora, com o objetivo de maximizar os ganhos para seus acionistas.

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Bolsa de valores dos EUA está no radar da Blau

Descontente com seus resultados na Ibovespa, a Blau Farmacêutica coloca sua mira na Nasdaq, a bolsa de valores dos EUA. Quem revelou esse ousado plano foi Marcelo Hahn, CEO e controlador da indústria, em entrevista ao Brazil Journal.

Em abril de 2021, quando registrou seu IPO, a farmacêutica negociava os papéis por um valor 70% superior ao atual. Para o executivo, o “imediatismo” dos investidores nacionais explica a desvalorização.

“No Exterior, as gestoras que investem em biotechs têm uma avaliação muito diferente da forma como a avaliação é feita aqui. No Brasil, é muito em cima do resultado de curto prazo. Os analistas não conseguem colocar nossa visão de longo prazo na tese de investimento”, afirma.

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BRCann quer mais prazo para estudos sobre eficácia de canabinoides

A BRCann quer ampliar o prazo para apresentar os estudos sobre eficácia de canabinoides junto à Anvisa, segundo reportagem do JOTA. A associação – que reúne empresas especializadas no desenvolvimento, produção e distribuição de insumos e produtos à base de cannabis – afirma que pandemia trouxe dificuldades para cumprimento de cronograma.

“Com as dificuldades provocadas pela pandemia, muitas das atividades tiveram o planejamento prejudicado e, diante das dificuldades, muitos dos trabalhos de pesquisa estão em atraso”, explica Bruna Rocha, diretora executiva da entidade.

Caso nenhuma alteração seja realizada, um produto já teria a autorização sanitária em 2025.

De acordo com dados da associação, até dezembro de 2023, 26 apresentações de produtos haviam recebido autorização sanitária da Anvisa. Ainda de acordo com a entidade, o mercado movimentou em 2023 cerca de R$ 150 milhões em vendas de farmácias, um aumento de 119% em comparação com 2022. Ano passado, foram comercializadas 356,6 mil unidades do produto.

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