Essa foi a primeira vez que uma equipe de examinadores de patentes do INPI esteve em uma fábrica de biofármacos. A Bionovis, instalada em Valinhos (SP), é pioneira na produção e na comercialização de medicamentos biológicos e biossimilares de alta complexidade no Brasil. É uma joint venture farmacêutica nacional e nasceu em 2012, a partir da união entre os laboratórios Aché, EMS, Hypera Pharma e União Química, proporcionando acesso a terapias de alto padrão em todo o território brasileiro.
O vice-presidente executivo da Bionovis, Thiago Mares Guia, classifica a visita dos examinadores do INPI como relevante para mostrar, na prática, a complexidade do que é desenvolvido pela empresa.
“Tudo que a gente desenvolve aqui está no setor de biotecnologia farmacêutica. Ele é altamente regulado e, ao mesmo tempo, requer um grau de tecnologia e ciência muito profundos para o desenvolvimento e para a produção dos medicamentos.”
Guia explica que os medicamentos biológicos têm ganhado cada vez mais importância econômica, social e clínica nos últimos anos. “Isso traz uma série de questões patentárias e de propriedade intelectual extremamente relevantes para o contexto desses medicamentos, seja no desenvolvimento e na produção e faz com que nossa empresa tenha que se especializar e navegar nesse cenário de propriedade intelectual”, destaca. Segundo o vice-presidente executivo da Bionovis, quase todos os fármacos produzidos lá por meio de parceria público-privada para transferência tecnológica são para atender o complexo econômico e industrial da saúde, incluindo o Sistema Único de Saúde (SUS), o mercado brasileiro e exportação.
Sanofi-Medley é referência em genéricos, política que ampliou acesso a medicamentos no Brasil
A segunda visita foi à Sanofi-Medley, baseada em Campinas (SP). A unidade abriga o centro de desenvolvimento de genéricos da Medley, onde há cerca de 40 projetos de pesquisa de medicamentos genéricos em andamento. A empresa produz em torno de 180 milhões de caixinhas de fármacos por ano.
A diretora de Propriedade Intelectual da Sanofi/Medley da América Latina, Maria Isabel Giacchetti, destacou o aspecto didático da visita dos examinadores de patente. “Aqui o examinador, que avalia os pedidos com aquela técnica toda, aquele mundo de informações técnicas, visualize na cabeça como é na prática o desenvolvimento daquele produto. Eles podem ver como é alto o investimento em inovação e desenvolvimento de um fármaco”, avalia. Segundo ela, a concessão de patentes de forma correta e num prazo razoável tornam o sistema de inovação possível.
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