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IA rende outro GP o Brasil em Cannes

Foi um projeto de inovação e tecnologia, e não de comunicação, que rendeu o segundo Grande Prêmio brasileiro no festival este ano. Não 100% brasileiro, mas dividido com EUA e Argentina, desta vez na categoria Pharma – dedicada a projetos criativos da indústria farmacêutica, uma categoria tradicionalmente forte no Cannes Lions. A ferramenta digital alimentada por IA “Scrolling Therapy” permite que pacientes com Parkinson controlem seus feeds nas redes sociais usando exercícios de terapia facial. O projeto foi criado pela Dentsu Creative Argentina, EUA e Brasil para a multinacional farmacêutica Eurofarma.

“Inovação é um assunto fascinante e aqui na Eurofarma ele é prioridade. Atuamos na organização de diferentes frentes de inovação. A primeira delas está atrelada a P&D, campo no qual temos a previsão de investir R$ 700 milhões em 2023. Uma outra frente está vinculada à inovação digital, por meio da qual buscamos tecnologias para novos modelos de negócios e soluções para saúde. Entendemos que nos últimos tempos houve uma grande mudança no comportamento dos pacientes, que estão se preocupando cada vez mais com sua saúde física, mental e qualidade de vida no geral. E é justamente nesse ponto que acreditamos que podemos contribuir com essas pessoas, mostrando a importância de ferramentas de apoio a tratamento e terapias digitais como complemento aos tratamentos tradicionais”, disse Felipe Catão, gerente executivo de Saúde Digital na Eurofarma.

Efeito ‘ChatGPT’ anima investidores reunidos em Toronto

Na corrida entre gigantes de tecnologia como Microsoft, com a OpenAI, e Google, pelo domínio da IA generativa, o sócio da Radical VC diz que há espaço para startups que seguirem um caminho mais corporativo e citou a Unlearn, uma de suas investidas.

“A empresa focada em testes de medicamentos farmacêuticos criou uma reprodução digital de pacientes que tomam placebos em testes e que aplica IA para prever o efeito do placebo nestes pacientes”, explica Jacobs. “Isso, a Microsoft e o Google não vão fazer”, observa.

Aos investidores interessados, na roda de conversa, o sócio da Radical VC recomendou uma avaliação profunda de startups na área e um alerta para a valorização de outro ativo essencial nestas startups, os desenvolvedores especializados em IA. “Eles são caros”, disse.

UPAs reduzem tempo de diagnóstico e tratamento de infarto

O uso da telemedicina para apoiar UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) pelo país tem conseguido reduzir o tempo do diagnóstico e do início do tratamento do infarto agudo do miocárdio e também já dá sinais de queda da mortalidade.

Um levantamento feito em 30 unidades mostra uma redução de 75% do tempo de realização do eletrocardiograma em uma pessoa que chega com dor torácica e outros sinais de infarto às unidades: de 55 minutos, em média, para 14 minutos. O preconizado são dez minutos.

Já entre a chegada do paciente com sintomas e o início da medicação passou de 130 para 57 minutos (queda de 56%). O ideal são 30 minutos. Em média, 80% dos pacientes avaliados receberam remédios indicados em casos de síndrome coronariana aguda, como ASS, clopidogrel, heparina e estatinas. A meta é que 85% recebam.

A iniciativa é financiada pelo Ministério da Saúde e realizada por dois hospitais de São Paulo, o Hcor e a BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo), por meio do programa Proadi-SUS, financiado com recursos de imunidade tributária concedida a instituições filantrópicas de excelência.

A realidade de muitas unidades pelo país, porém, é bem diferente. “A maioria ainda não tem o trombolítico, a medicação que vai abrir o vaso sanguíneo. Também há uma insegurança dos médicos em usá-lo”, explica a cardiologista Camila Rocon, coordenadora pelo projeto no Hcor.

No infarto, o trombolítico funciona de duas maneiras: ajuda a dissolver os coágulos que estão bloqueando as artérias, permitindo que o sangue circule pelo corpo, e também facilita a reparação e recuperação do músculo cardíaco afetado. Quanto mais rápido a medicação for iniciada, maiores as chances de reduzir as sequelas e prevenir complicações futuras.

Cada frasco do medicamento custa em torno de R$ 7.000. Dependendo do paciente, são necessários dois frascos. O alto custo é uma das justificativas para o desabastecimento nas UPAs.

Obesidade: remédio reduziu em 24% o peso de participantes

Um remédio para tratar a obesidade foi responsável pela queda de 24% do peso das pessoas que participaram de um estudo com a substância, que teve os resultados divulgados nesta segunda (26).

A pesquisa ainda é preliminar, mas é um indicativo de que a droga pode ser uma nova ferramenta no controle da massa corporal entre pacientes com excesso de peso.

O artigo, publicado na revista The New England Journal of Medicine, investigou a retatrutide. A droga simula a ação de três hormônios que já são estudados pelos efeitos de diminuir o apetite e de auxiliar na maior queima de calorias. Uma dessas substâncias é o GLP-1, que manda sinais ao cérebro de saciedade. Além dele, a retatrutide é composta pelos GIP e GCC.

O novo estudo foi financiado pela farmacêutica Eli Lilly, que também desenvolve a droga. A amostra da pesquisa foi de 338 adultos com IMC (Índice de Massa Corporal) de no mínimo 30, número já considerado obesidade. Outra possibilidade era a pessoa contar com o índice no nível 27 unido a alguma condição associada a obesidade.

Vendas da PrEP na Blanver triplicam em 2023

A média de vendas da PrEP – Proxilaxia Pré-Exposição ao HIV mais que triplicou em 2023, segundo indicadores da Blanver Farmoquímica e Farmacêutica.

Essa alternativa terapêutica, disponível tanto na rede pública como também em farmácias, vem se firmando como uma estratégia eficiente para prevenir novos casos, combinada a práticas sexuais mais seguras.

Entre janeiro e março deste ano, o laboratório de capital 100% brasileiro comercializou 10,9 milhões de comprimidos. A média mensal de 3,64 milhões de comprimidos é 234% superior à contabilizada nos últimos três anos.

Para absorver essa crescente demanda, a farmacêutica aumentou o ritmo de produção em 77% no primeiro trimestre, com 5,7 milhões de comprimidos saídos da planta fabril situada em Taboão da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo.