16 Aug 2023
A surpreendente vitória de Javier Milei nas primárias da Argentina aumentou o já conhecido entusiasmo e euforia do candidato libertário. Em entrevista ao jornal argentino Clarín, publicada ontem, Milei disse que não importa quem será seu adversário. “Vamos vencer qualquer um.” O primeiro turno das eleições presidenciais está marcado para 22 de outubro e, se necessário, o segundo turno será em 19 de novembro.
Na entrevista, Milei manteve seu tom desafiador e acusou o governo de ser “criminoso” em meio à desvalorização de 20% do peso provocada pelo resultado das prévias. “Só há uma razão para essa alta: a enorme emissão monetária realizada por este governo de delinquentes, que custa US$ 25 bilhões anuais para a Argentina”, disse. “Acreditamos em falar diretamente com os argentinos sobre como acabar com esses problemas que nos atormentam há cem anos.”
O economista demonstrou otimismo e falou em vencer a eleição no primeiro turno – seria necessário ter 45% dos votos, ou obter 40% e vantagem de 10 pontos porcentuais sobre o segundo colocado.
“Queremos que o maior número possível de pessoas vote, porque queremos vencer no primeiro turno, para acabar com os cem anos de declínio da Argentina com um mandato claro e contundente”, afirmou Milei.
O candidato libertário também reclamou de perseguição. “Percebi um sinal forte que foi emitido quando todo o sistema político e midiático se organizou para nos atacar. Foi quando soubemos que estávamos fazendo as coisas direito”, disse.
ALIANÇAS. Milei garantiu que está “preparado para governar hoje, se for necessário”, e afastou a possibilidade de uma aliança com a candidata da centro-direita tradicional, Patricia Bullrich. Segundo o Clarín, ele também demonstrou entusiasmo com a possibilidade de que sua coalizão – A Liberdade Avança – consiga vencer as eleições para a Província de Buenos Aires, na disputa com os kirchneristas.
“Vamos vencer qualquer um, porque somos os únicos que sabemos o que precisa ser feito, sabemos como fazê-lo, temos a coragem para fazê-lo e porque a maioria dos argentinos já se deu conta de que uma Argentina diferente é impossível com os políticos de sempre”, afirmou Milei. •
Fonte: O Estado de S. Paulo

