A preocupação com a defasagem nos preços dos combustíveis vendidos pelas refinarias da Petrobras frente ao mercado internacional ganhou mais corpo com a escalada das tensões no Oriente Médio.
O lançamento de drones e mísseis pelo Irã sobre Israel, no fim de semana, trouxe preocupações adicionais, segundo especialistas que acompanham o mercado global de petróleo e gás.
O barril do petróleo tipo Brent tem sido negociado com volatilidade, em torno dos US$ 90, desde o início do mês, quando Israel bombardeou a embaixada iraniana em Damasco, na Síria.
Ao mesmo tempo, o dólar, que vinha nos últimos dias em trajetória crescente, estava cotado a R$ 5,18 (às 12h30), alta de 0,89%. Câmbio e preço do barril são as principais variáveis para o reajuste.
A defasagem para o óleo diesel ante a paridade internacional varia entre 8,46% e 14,5%, a depender da estimativa feita por StoneX, Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) e Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Para a gasolina, o percentual frente ao mercado externo varia entre 9,60% e 27,76%.
Especialistas afirmam que a Petrobras tende a “segurar” os preços em eventos que façam com que as cotações do petróleo fiquem mais instáveis, evitando repassar a volatilidade para o mercado doméstico.
A última vez que a Petrobras mexeu nos preços da gasolina foi em 21 de outubro, quando aplicou redução de 4,1% (R$ 0,12 por litro).
O diesel está sem mudanças nos preços desde 27 de dezembro, quando a companhia reduziu os preços nas refinarias em 7,94%.
No entanto, uma dúvida adicional é a capacidade de a Petrobras reajustar preços em meio ao debate sobre uma possível troca no comando da companhia, que dominou o noticiário nas últimas semanas.
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Exploração de Petróleo — Foto: Gabriel Xavier/Unsplash
Fonte: valor econômico

