31 May 2023 MARLLA SABINO
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estima que a tarifa de energia elétrica subirá, em média, 6,9% em 2023. O dado foi apresentado pelo diretor-geral do órgão regulador, Sandoval Feitosa, ontem, em audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado.
“A tarifa média no Brasil para 2023 tem uma perspectiva de ser reajustada em 6,9%, em média, como já falado. Há regiões que têm tarifas maiores”, disse. “O Brasil hoje é um país da energia barata, mas tarifa cara.”
Os reajustes variam para cada região. No Norte, a estimativa é de que a tarifa suba, em média, 17,6%. Para o Nordeste, a projeção é de reajuste médio de 7,9%. Já para o Centro-Oeste, o Sudeste e o Sul, a agência estima aumentos médios de 6,5%, 5,7% e 4,5%, respectivamente.
As estimativas, de maio deste ano, envolvem diversas incertezas em razão da antecedência de sua realização e da dinâmica das variáveis que compõem os processos tarifários.
As tarifas dos consumidores regulados, ou seja, aqueles atendidos pelas distribuidoras, são reajustadas pela agência anualmente, no aniversário da concessão. Feitosa explicou que a tarifa de energia elétrica é composta pelos custos de distribuição, transmissão, geração e encargos setoriais.
“Os encargos setoriais, subsídios, são definidos por políticas públicas, ou seja, pelo Congresso Nacional e pela Presidência da República, pelo Ministério de Minas e Energia, em alguma medida. A Aneel contribui no sentido de dar informação”, afirmou. •
Segundo o presidente da Aneel, Sandoval Feitosa, energia do País é ‘barata, mas tarifa é cara’
Fonte: O Estado de S. Paulo

