Sírio-Libanês já estudou 8 mil pacientes desde 2017
Por Ivone Santana — De São Paulo
18/05/2023 05h01 Atualizado há 8 horas
Outros grandes hospitais também conduzem estudos sobre o envelhecimento da população. É o caso do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC), que consolidou vários programas sobre o tema sob o Laboratório de Fisiopatologia no Envelhecimento (Gerolab) e o Sírio-Libanês, que possui algumas iniciativas sobre longevidade.
O Sírio Libanês conduz algumas linhas de pesquisa e possui um núcleo de pesquisa avançada em geriatria, para prevenção e controle dos principais problemas de saúde. Do ponto de vista científico, as medidas mais efetivas são basicamente comportamentais, diz o médico Pedro Curiati, responsável pelas pesquisas no Sírio-Libanês. “Pode parecer holístico, mas tem uma vertente científica do envelhecimento cerebral”, afirma.
O Sírio-Libanês vem estudando também esses pacientes no pronto atendimento. Credenciado para idoso na Sociedade Americana de Medicina de Emergência, o hospital segue um score de risco no pronto-socorro, desenvolvido pelo grupo. Assim, avalia o paciente e o direciona melhor, diz Curiati. Desde 2017, quando o núcleo foi criado, foram atendidos mais de 8 mil idosos. Em outra frente, o hospital convida idosos para participar de uma pesquisa. Em seis meses participaram 830 pessoas.
Os primeiros dados analisados e publicados mostram que uma parcela significativa (53%) tem problemas cognitivos de memória, o que vai influenciar quando a pessoa passa informações no pronto-socorro, explica Curiati. E esses pacientes não têm histórico de demência.
Outro estudo é sobre mobilidade, para avaliar e treinar o paciente na marcha (caminhar) no pronto-socorro. Outra pesquisa é o impacto dos medicamentos nesses pacientes, com auxílio de software.
Fonte: Valor Econômico
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