O Brasil vendeu US$ 2,75 bilhões em títulos soberanos denominados em dólares nesta quarta-feira, informou o Tesouro, marcando sua segunda emissão internacional neste ano, à medida que o país aproveita a queda do risco de inadimplência.
O governo vendeu US$ 1,5 bilhão por meio de um novo título de cinco anos com vencimento em 2030, com rendimento de 5,68%, e um adicional de US$ 1,25 bilhão por meio da reabertura de seu título global de referência com vencimento em 2035, com rendimento de 6,73%.
A operação ocorre em meio a uma recente queda no credit default swap (CDS) de cinco anos do Brasil — um indicador-chave do risco soberano usado por investidores para se protegerem contra inadimplência.
Após ter subido no início deste ano, o CDS do Brasil recuou para seu nível mais baixo de 2025 até agora, com queda de 27,6% no acumulado do ano até esta terça-feira.
A venda de títulos em dólares pelo Brasil segue a emissão soberana de US$ 2,5 bilhões em títulos de 10 anos realizada em fevereiro, a qual foi reaberta nesta quarta-feira.

O Tesouro informou, em comunicado, que a demanda pela nova emissão superou o volume emitido em cerca de quatro vezes.
A Reuters havia noticiado mais cedo, citando uma fonte, que o Brasil estava prestes a vender US$ 2,75 bilhões com a emissão de títulos.
Os mercados emergentes, de forma geral, têm se beneficiado de uma rotação global de capital impulsionada, em parte, por mudanças na política comercial, incluindo os fortes aumentos tarifários introduzidos pelo presidente dos EUA, Donald Trump — uma tendência que contribuiu para o enfraquecimento do dólar americano no cenário global.
No âmbito doméstico, os investidores adotam uma postura de cautela à espera das medidas fiscais estruturais que o governo sinalizou estarem em negociação com o Congresso, após uma polêmica elevação de impostos sobre algumas transações financeiras — medida mal recebida — voltada a reforçar as receitas públicas.
A nova emissão externa visa aumentar a liquidez na curva de rendimento dos títulos soberanos em dólar do Brasil, fornecer referências de precificação para emissores corporativos e levantar recursos para pré-financiar vencimentos de dívidas externas futuras, afirmou o Tesouro.
BNP Paribas, Citigroup e Santander lideraram a operação.
Fonte: Reuters
Traduzido via ChatGPT

