A gestora Pátria Investimentos prepara um dos maiores fundos de infraestrutura do Brasil. A carteira pode chegar a R$ 6 bilhões e o objetivo é investir em setores como logística, saneamento, telecomunicações e energia. A estratégia é captar recursos no Brasil e no exterior.
Um dos investidores que devem colocar dinheiro no fundo é a International Finance Corporation (IFC), o braço financeiro do Banco Mundial. O grupo pode investir o equivalente a US$ 150 milhões. A IFC vai ajudar ainda a mobilizar a captação de US$ 550 milhões com outros investidores institucionais pelo mundo.
Com ações listadas na Nasdaq, o Pátria Investimentos, que tem como sócios Alexandre Saigh e Olimpio Matarazzo, já levantou US$ 13 bilhões em capital no mercado para seus fundos nos últimos 10 anos e tem US$ 26 bilhões sob gestão. De olho em comprar empresas de setores como logística, saúde e educação, no começo do ano lançou uma SPAC – como são chamadas as empresas ‘cheque em branco’, criadas para comprar outras companhias – de US$ 200 milhões.
Em 2020, gestora já captou R$ 10 bi para a área
O tamanho do novo fundo, que na prática vai ser um FIDC (fundo de recebível), deve ficar entre R$ 3,5 bilhões e R$ 6 bilhões, dependendo do apetite dos investidores. Apesar do valor alto para o mercado brasileiro, o fundo não será o maior do Pátria, que em 2020 captou uma carteira de R$ 10 bilhões para infraestrutura.
Com bilhões em obras a serem feitas no Brasil, as gestoras têm reforçado a estratégia para a área de infraestrutura. A Kinea, braço de investimento do Itaú, está montando uma equipe para seu primeiro fundo dedicado a comprar participações em companhias do segmento. A carteira pode chegar a R$ 5 bilhões.
Procurado, o Pátria Investimentos não se pronunciou.
Fonte: O Estado de S. Paulo

