Na palestra “10 mitos desmascarados: o impacto real da IA e da tecnologia emergente”, a fundadora da Unstopabble Domains alertou sobre a otimização de buscas em assistentes de IA, o “GEO”
12/03/2025 16h29 Atualizado há 17 horasPresentear matéria
A inteligência artificial (IA) generativa vai impactar marcas, transformar empregos, mas não gerar desemprego, e já pode ser usada sem a necessidade de programar códigos de software, por meio de centenas de agentes de IA. Estes são alguns temas que a empresária Sandy Carter, fundadora e diretora de operações (COO) da startup Unstopabble Domains, trouxe ao SXSW 2025 nesta quarta-feira (12) em sua palestra “10 mitos desmascarados: o impacto real da IA e da tecnologia emergente”. O evento de inovação e cultura acontece em Austin, no Texas (EUA) até sábado (15).
Logo no início do painel, Carter, que já comandou gigantes de tecnologia americana como a Amazon Web Services (AWS) e IBM, destacou que a junção da IA com a computação quântica será uma “virada de jogo” para os negócios e citou o painel do executivo-chefe (CEO) da IBM, Arvind Krishna. Na terça-feira (11), o executivo anunciou que, em quatro anos, supercomputadores quânticos atuarão da descarbonização à descoberta de novos medicamentos.
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“Ontem, a IBM falou sobre quantum, a Microsoft acaba de anunciar um novo chip [qutântico] que vai acelerar a aceleração dessa transformação da IA, não por décadas, mas por anos”, comentou Carter em seu painel.
“Minha previsão é que a IA vai se mover mais rapidamente do que qualquer outra tecnologia por aí, passando da experimentação para a produção real”, disse a executiva. “Meu conselho para todos vocês é: criem suas estratégias para IA e sigam em frente e talvez até mesmo formem sua próprias empresas.”
Carter alertou profissionais de marketing de que a tecnologia também terá impacto em suas marcas. Ela ressaltou que a técnica de GEO (Generative Engine Optimization) está substituindo a otimização de buscas on-line (SEO, na sigla em inglês) e citou dados, mostrando que “45% dos participantes de uma pesquisa recente disseram que a principal coisa que fazem, hoje em dia, para aprender sobre sua marca, seja pequena, média ou grande, é usar uma ferramenta de IA. Não é uma busca, não é seu site, é uma ferramenta de IA”.
A empresária também citou uma projeção da consultoria Gartner que indica uma redução de 25% no número de pesquisas do Google até 2026. “Eu mesma estou analisando como otimizar minha empresa para os mecanismos generativos”, comentou a empresária.
Parte da apresentação incluiu demonstrações de diferentes agentes de IA testados por Carter, que vão de um assistente que faz recomendações e tira pedidos em uma pizzaria da Califórnia a um agente de IA que faz às vezes de um sistema de gestão de relacionamento com clientes (CRM, na sigla em inglês).
“Existem 30 milhões de pequenas empresas nos EUA, mas apenas 2 milhões usam ferramentas de software hoje que automatizam [relações com clientes] CRM. Outros 13 milhões usam planilhas, e o restante não usa nada por causa da complexidade e da despesa”, ilustrou a executiva ao apresentar o agente de CRM.
*A repórter viajou a convite da Unico.
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Fonte: Valor Econômico