Os juros futuros iniciaram as negociações nesta semana em queda diante da expectativa do mercado pelo anúncio de um pacote de corte de gastos do governo. Conforme sinalizaram autoridades como o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, medidas para conter os gastos públicos podem ser anunciadas após o segundo turno das eleições municipais, que ocorreu ontem. Campos Neto, aliás, participa de evento em Londres no início da tarde, o que também deve ser acompanhado de perto pelos investidores.
Por volta de 9h25, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 tinha queda de 12,69%, do ajuste anterior, para 12,64%; a do DI de janeiro de 2027 recuava de 12,825% a 12,75%; a do DI de janeiro de 2029 caía de 12,82% para 12,75%; e a do DI de janeiro de 2031 cedia de 12,755% a 12,69%.
O recuo das taxas ocorre mesmo com uma deterioração adicional das expectativas de inflação do mercado medidas pelo relatório Focus, que agora aponta IPCA de 4,55% neste ano (de 4,50% anteriormente) e de 4,00% em 2025 (ante 3,99% na projeção anterior). As projeções de Selic foram mantidas em 11,75% (2024), 11,25% (2025) e 9,50% (2026).
Nos Estados Unidos, as taxas dos Treasuries não firmam direção única e, além disso, apresentavam movimentos contidos. No horário citado anteriormente, o rendimento da T-note de dez anos oscilava de 4,246% para 4,256%.
Fonte: Valor Econômico

