Por Matheus Prado, Valor — São Paulo
10/05/2023 14h18 Atualizado há 19 horas
Analistas do J.P. Morgan liderados por Emy Shayo Cherman seguem otimistas em relação ao mercado local de ações, mas assumem que acertar quando a recuperação dos ativos deve ocorrer parece difícil. Em termos de América Latina, “a tese de investimento no Brasil é talvez a mais fácil de justificar em bases táticas. A dificuldade é acertar o timing, considerando as várias largadas falsas que já vimos este ano”, apontam em relatório.
Segundo o texto, houve alguns progressos concretos nos últimos dias. “A inflação surpreendeu para baixo; o arcabouço fiscal, embora longe de ser perfeito, existe e foi endossado pelo presidente; e o real está mais forte. Além disso, temos os valuations descontados das ações locais, que talvez estejam entre os mais atrativos do mundo”, afirmam os executivos.
Eles acrescentam, por outro lado, que pode ocorrer um ajuste residual para baixo nas projeções de lucro das empresas durante a temporada de balanços do primeiro trimestre. “Mas, uma vez que isso se estabilize, deve haver muito espaço para re-rating dos ativos, considerando que o Brasil está negociando cerca de 35% abaixo da média histórica. Todos os setores exibem preços baixos, exceto industrial, TI e telecom.”
O banco também está “overweight” em ações chilenas, neutro nos mercados mexicano e colombiano e “underweight” em bolsa peruana.
Fonte: Valor Econômico

