A inflação nos Estados Unidos caiu para 2,3% em abril, mês em que Donald Trump impôs suas tarifas globais, enquanto o presidente dos EUA mantém a pressão sobre o Federal Reserve para reduzir as taxas de juros.
O índice de preços ao consumidor anual divulgado nesta terça-feira pelo Bureau of Labor Statistics ficou abaixo das expectativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que previam que a inflação permaneceria na taxa de 2,4% de março.
Embora Trump tenha recuado em muitas das tarifas anunciadas em 2 de abril — incluindo nesta semana com a China —, economistas alertam que a maior parte do impacto dessas tarifas de importação ainda não foi sentida, com autoridades do Fed prevendo aumentos adicionais nas pressões inflacionárias.
O Yale Budget Lab, organização de pesquisa universitária, afirmou na segunda-feira que, por causa das tarifas, o consumidor médio nos EUA pagará US$ 2.800 a mais por produtos este ano do que em 2024.
O Fed, que manteve as taxas de juros na faixa de 4,25% a 4,5% por seis meses, terá sua próxima reunião em junho.
Trump intensificou a pressão sobre Jay Powell para cortar os custos de empréstimos, afirmando na semana passada que lidar com o presidente do Fed era como “falar com uma parede”.
Após a divulgação dos dados, os futuros das ações nos EUA subiram levemente, com os contratos atrelados ao S&P 500 registrando alta de 0,2%. Os rendimentos dos títulos do Tesouro americano permaneceram praticamente inalterados após os números.
A taxa de inflação subjacente, que exclui as variações nos preços de alimentos e energia, permaneceu em 2,8% em abril, segundo o BLS.
A meta de inflação preferida pelo Fed não é o CPI (índice de preços ao consumidor), mas sim o Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE), que caiu para 2,3% em março, mas ainda está acima da meta de 2% do banco central.

Fonte: Financial Times
Traduzido via ChatGPT

