Por Valor — De São Paulo
03/10/2023 10h46 Atualizado há um dia
A Índia e os seus vizinhos no sul da Ásia deverão crescer de forma mais rápida do que qualquer outra região este ano, disse o Banco Mundial nesta terça-feira (3), desafiando as perspectivas para a China e grande parte do Leste Asiático. O banco elevou sua previsão de crescimento para 2023 no sul da Ásia, que também inclui países como Paquistão, Bangladesh e Sri Lanka, de 5,6% para 5,8%.
O rápido crescimento no sul da Ásia contrasta com a situação na China e no leste asiático, que deverão crescer a uma das taxas mais lentas em cinco décadas, enquanto a região luta contra o protecionismo dos Estados Unidos e o aumento da dívida, afirmou o banco. O esperado é que a China cresça 4,4% em 2024, em comparação com os 6,3% da Índia.
No entanto, o Banco Mundial alertou que o crescimento nos países do sul da Ásia não seria rápido o suficiente para cumprir as metas dos governos regionais de alcançar o status de alta renda no espaço de uma geração, e tendo de lidar com problemas como pobreza e dívida elevada.
O banco espera, ainda, um crescimento mais lento para o sul da Ásia do que antes da pandemia de covid-19, com as perspectivas ameaçadas pelas alterações climáticas e pela procura global mais fraca.
Neste ano, a Índia passou a China como o maior país do mundo em população, com mais de 1,4 bilhões de habitantes. Os investidores globais esperam que o país consiga replicar o crescimento registrado na China nas últimas décadas.
As autoridades indianas procuraram implementar reformas favoráveis às empresas para impulsionar o investimento privado no país, incluindo obras de infra-estruturas, incentivos à produção e a flexibilização de leis trabalhistas.
Fonte: Valor Econômico
