Os hedge funds globais venderam ações japonesas na semana passada no ritmo mais acentuado em quase dois meses e meio, pouco antes da eleição para a câmara alta do país no domingo, afirmou o Goldman Sachs em nota.
A eleição de domingo representou um duro golpe para o primeiro-ministro Shigeru Ishiba e sua coalizão governista, exatamente como esperavam os investidores que vinham se desfazendo de títulos e ações japonesas nos dias que antecederam o pleito.
O índice de referência Nikkei 225 (.N225) e o Topix (.TOPX) caíram 1,7% e 0,6%, respectivamente, até agora neste mês, na contramão da tendência de alta observada em outros mercados acionários. Ambos os índices encerraram em queda na sexta-feira.
O resultado do domingo enfraquece ainda mais a posição de Ishiba no poder, embora ele tenha prometido permanecer como líder do partido para concluir as negociações sobre tarifas comerciais com os Estados Unidos.
Segundo uma nota da corretora prime do Goldman Sachs divulgada na sexta-feira, e vista pela Reuters na segunda-feira, as vendas realizadas pelos hedge funds entre os dias 11 e 17 de julho foram impulsionadas principalmente por um aumento nas apostas vendidas (short bets) e por uma redução relativamente moderada nas posições compradas (long positions).
Os mercados no Japão permaneceram fechados nesta segunda-feira devido a um feriado, mas o iene se valorizou enquanto os futuros do Nikkei subiram levemente, sinalizando que os resultados eleitorais já haviam sido precificados.
De forma geral, os hedge funds continuam com uma exposição acima da média ao Japão em relação ao seu peso no MSCI World Index (.MIWO00000PUS), com uma sobreponderação de 0,6%, de acordo com o Goldman.
Analistas afirmaram que a incerteza quanto ao futuro do primeiro-ministro aumentou e pode levar a uma “paralisia política” e a déficits fiscais mais amplos.
“Esta é a primeira vez desde 1955 que o governo liderado pelo PLD [Partido Liberal Democrata] fica sem maioria tanto na câmara baixa quanto na câmara alta, o que pode aumentar a instabilidade política no Japão”, escreveram analistas do MUFG em nota.
Fonte: Reuters
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