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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (25) que está muito mais confortável com o Orçamento de 2025 que com o de 2024. Disse também que é necessário acabar com a polêmica de que o governo não tem compromisso com a meta fiscal.
Haddad participou de evento do Banco Safra em São Paulo e disse ser necessário parar de surpreender negativamente o país para beneficiar um pequeno grupo de empresários, se referindo a benefícios fiscais recebidos por algumas empresas.
“Nós precisamos de muita transparência. A Receita Federal está montando um esquema de transparência, CNPJ por CNPJ, todo mundo tem que ver o que está acontecendo”, disse o ministro.
Ainda segundo ele, é necessário que o debate seja feito com toda a sociedade, para que o povo entenda do que está abrindo mão em decorrência dos incentivos fiscais.
Sobre a reforma tributária, afirmou que o país terá um dos melhores sistemas tributários do mundo. Questionado sobre a alíquota de 27,97%, o ministro afirmou que isso é fruto das exceções acrescentadas pelo Congresso Nacional. Por fim, ele destacou que qualquer alíquota será menor do que a atual.
Haddad avaliou que o Brasil pode crescer acima de 2,5% nos quatro anos do mandato. De acordo com ele, o país deve manter um crescimento que acompanhe a média mundial. Além disso, ele destacou que a inflação de 2025 deve ser menor do que a apresentada em 2024.
Para o ministro, o Brasil está trilhando um caminho bom, mas que inspira muito cuidado. Disse ainda que o Congresso Nacional não tem atendido todas as demandas apresentadas pela equipe econômica, mas tem analisado todas elas. De acordo com ele, o papel do Ministério da Fazenda não é apenas técnico, pois também é necessário construir saídas políticas.
Sobre as recentes crises climáticas que têm atingido o Brasil, Haddad afirmou que o governo está tomando as providências para que as coisas sejam superadas com o menor custo possível.
Sobre as contas públicas, disse que a cunha entre receita e despesa será fechada de forma gradual e o crescimento econômico do país será favorável a esse movimento.
Ele rebateu as críticas sobre a condução da política fiscal. “Me diz um livro que diga que em pleno emprego tem que dar impulso fiscal? Há coisas que eu me surpreendo de ver cobradas, não fazem sentido certas coisas”, disse.
Haddad também apontou que acredita no caminho que o país tem seguido, mas que é preciso se manter alerta e respeitar as opiniões do mercado.
Haddad disse que a questão da regulamentação das bets e sites de apostas virou uma espécie de Perse, devido à falta de pagamento de impostos. O Perse é um programa de retomada para o setor de eventos após a covid-19, que tem sido alvo de críticas pela equipe econômica por oferecer pouca transparência de funcionamento e retorno.
Segundo ele, toda a regulamentação de bets é voltada para tratar os jogos como se trata cigarro e que a Fazenda fará um mecanismo que impedirá a aposta com cartão de crédito, além de um sistema de alerta de pessoas revelando dependência psicológica, em parceria com o Ministério da Saúde.
Ele afirmou que a tributação já está resolvida pelo Congresso Nacional e que a preocupação do governo é oferecer apoio para um problema social grave.
Fonte: Valor Econômico

