Por Larissa Garcia, Valor — Brasília
30/06/2023 19h40 Atualizado há 2 dias
Um dos motivos para que a meta de inflação contínua passasse a valer apenas em 2025, no início do mandato do novo presidente do Banco Central (BC), foi, segundo apurou o Valor, para que não parecesse que o governo está “punindo” a composição atual da autoridade monetária, que foi indicada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de dar tempo para as adaptações necessárias.
Isso porque, com o novo modelo, a autoridade monetária terá que se justificar mais vezes, segundo uma fonte da equipe econômica. Atualmente, como a meta é definida por ano-calendário, o BC precisa escrever uma carta aberta quando a inflação fica fora do intervalo permitido, mas apenas no fim do ano. Com a mudança, o índice de preços acumulado em 12 meses precisa ficar dentro da tolerância a todo tempo.
Ainda não foi decidido se o Comitê de Política Monetária (Copom) terá que se explicar todos os meses em que a inflação exceder o permitido, mas, segundo interlocutor, certamente terá que prestar contas mais vezes, até mesmo quando os preços estiverem comportados.
Fonte: Valor Econômico
