19 Sep 2023 GABRIEL TASSI LARA
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta ontem e o Brent chegou a se aproximar da marca de US$ 95 (por volta de R$ 461,22), em novo pico neste ano, à medida que investidores especulam até que ponto os sinais de déficit na oferta impulsionarão as cotações da commodity.
O contrato do WTI para outubro fechou em alta de 0,65%, em US$ 91,36 (R$ 443,54) o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro avançou 0,39%, a US$ 94,30 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Ambos os contratos rondam os níveis máximos desde novembro de 2022.
O CEO da Chevron, Mike Wirth, projetou ontem que os preços atingirão a marca de US$ 100 (R$ 485,90) por barril, em razão de cortes na produção de Arábia Saudita e Rússia. Sobre o tema, o ministro de Energia saudita, Abdulaziz Bin Salman Al Saud, afirmou ontem que os cortes buscam combater a volatilidade no preço da commodity.
A corretora de commodities Marex afirma, em relatório, que “embora a procura de petróleo permaneça muito irregular os investidores parecem estar mais preocupados com o lado da oferta”. Para a Spartan Capital, o preço atual do petróleo ainda está acima do habitual, “uma vez que o mercado permanece em tendência ascendente”.
Segundo a Iniciativa Conjunta de Dados das Organizações (Jodi, na sigla em inglês), a demanda global por petróleo caiu 3 milhões de barris por dia (bpd) em julho ante junho, mas se mantém nas máximas sazonais em cinco anos, em 101% do nível de julho de 2019. •
Fonte: O Estado de S. Paulo

