O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou, nesta terça-feira (6), que “todo mundo no Banco Central” quer antecipar a indicação do futuro presidente do órgão, que substituirá Roberto Campos Neto a partir do ano que vem. Jaques ponderou que a escolha só será feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste mês se houver um entendimento entre os parlamentares para marcar a sabatina com celeridade.
Nesta segunda (5), o Valor revelou que o Palácio do Planalto atua para tentar costurar um acordo no Legislativo para acelerar a escolha antes das eleições municipais.
Segundo Wagner, a iniciativa conta com a simpatia até mesmo do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que diversas vezes foi criticado pelo presidente Lula e pelo PT. O mandato de Campos Neto vai até dezembro.
“Hoje todo mundo no BC, mesmo quem está na direção, pelo que ouço, acha melhor indicar [antes], porque o BC trabalha com expectativa de futuro. Quem já vai sair, se não souber quem vai entrar, segue quem? Se fizer a indicação, vai saber que a palavra desse [indicado] é que está valendo”, declarou Jaques a jornalistas, ao ser indagado sobre o tema.
“Não tem prazo [para a indicação ocorrer]. Não é nem o governo que quer antecipar. Se indicar, só adianta se for combinado para fazer a sabatina, senão não resolve. Pelo que estou sentindo, a maioria das pessoas acredita que é bom indicar (antes), mas tudo tem que ser combinado”, acrescentou o líder do governo.
As tratativas passam principalmente pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP), e pelo presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), responsável por marcar a sabatina efetivamente.
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Jaques Wagner, líder do governo no Senado — Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Fonte: Valor Econômico

