Pesquisadores investigam como a vida moderna pode estar causando câncer entre os millennials

Indivíduos com menos de 50 anos que consumiam as maiores quantidades de alimentos ultraprocessados enfrentavam um risco 1,5 vezes maior de desenvolver tumores de cólon de início precoce.

Nas últimas décadas, a explosão da luz artificial, horários de trabalho erráticos e conectividade digital 24 horas por dia alteraram fundamentalmente quando e como dormimos, comemos e descansamos. Como resultado, pesquisadores dizem que os processos biológicos que dependem do nascer e do pôr do sol —como regulação imunológica, controle endócrino e funções metabólicas— podem se desintegrar.

A melatonina, um hormônio produzido na escuridão, desempenha um papel crucial neste sistema. Mas no mundo luminoso e sem sono de hoje, a produção de melatonina é regularmente interrompida.

Pesquisas têm relacionado o desalinhamento circadiano crônico a maiores riscos de cânceres de mama, colorretal, pulmão, fígado e pâncreas, todos cada vez mais diagnosticados em populações mais jovens. E em 2007, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer declarou que o trabalho em turnos que perturba os ritmos circadianos é um provável carcinógeno humano.