Por Gabriel Caldeira, Igor Sodré, Letícia Simionato e Eduardo Magossi — De São Paulo
15/06/2023 05h02 Atualizado há 4 horas
A decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de manter inalterados os juros nos EUA, na faixa de 5% a 5,25%, confirmou a expectativa da ampla maioria dos agentes, que foram surpreendidos por revisões mais fortes nas projeções para os juros, atividade, desemprego e inflação americanos este ano.
As sinalizações mais agressivas nas novas previsões do Fed penalizaram os mercados em Wall Street, mas o tom mais ameno do presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, durante coletiva de imprensa após o anúncio da decisão, trouxe algum alívio antes do fim da sessão.
De qualquer forma, a comunicação geral do Fed foi percebida como agressiva e finalmente fez com que o mercado deixasse de precificar uma chance majoritária de cortes de juros ainda em 2023. Segundo indicaram as novas projeções, nenhum dos 18 membros do comitê do Fed projeta cortes neste ano.
Segundo cálculo do CME Group, havia, no fim da tarde de ontem, 44,5% de chance de que os juros nos EUA terminem o ano na faixa de 5,25% a 5,5%, contra 38,7% para a faixa atual de 5% a 5,25%.
Até antes da decisão, o mercado esperava mais uma alta este ano, em julho, e o início do ciclo de cortes em dezembro, o que deixaria o juro básico americano no mesmo patamar atual.
Nas bolsas de Nova York, o índice Dow Jones terminou em queda de 0,68%, o S&P 500 subiu 0,08% e o Nasdaq teve alta de 0,39%.
Na renda fixa, o retorno da T-note de dois anos fechou a sessão em leve queda, a 4,684%, e o da T-note de 10 anos cedeu a 3,792%.
Fonte: Valor Econômico

