A vontade do governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, de ter um banco central cada vez mais alinhado aos seus objetivos é real, e ao longo dos próximos meses esta intenção tende a ser implementada, segundo análise do time do multimercado Verde, liderado por Luis Stuhlberger.
Conforme escreve em sua carta mensal, o contexto não deixa de ser desafiador, com as consequências da alta brutal de tarifas comerciais sobre inflação começando a aparecer nos dados de atividade. “Ainda assim, nos parece inexorável a direção de uma política monetária mais frouxa.”
O fundo está posicionado para este cenário por meio da compra de inflação e de posições vendidas em dólar. A gestão aproveitou a performance recente para reduzir um pouco a alocação no juro real americano.
Em agosto, o fundo teve ganhos bem distribuídos em várias estratégias, com destaque para a exposição em bolsa brasileira, em moedas, ouro e cripto, além das alocações em renda fixa nos Estados Unidos. A carteira teve valorização de 2,27% no mês, com o acumulado do ano em 9,81%, acima dos 9,02% do CDI até aqui.
Para a boa performance do mercado local no mês passado, a leitura é que o Brasil foi na onda de outros emergentes. Pesou ainda a redução do foco no conflito com os EUA em torno das tarifas de importação e de sanções. “Nada parece resolvido, mas não tivemos uma escalada adicional”, escreve a Verde na carta.
Sem impactos relevantes para a maioria das empresas listadas ou para os ativos macro, o mercado comprimiu um pouco os prêmios de risco, aponta a Verde. “Além disso, a retomada de popularidade do governo parece ter estagnado, impactando positivamente a probabilidade sobre mudanças na eleição do próximo ano.”
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Fonte: Valor Econômico

