Recursos captados nesta oferta serão destinados a crescimento orgânico e aquisições
Por Beth Koike, Valor — São Paulo
A Viveo, distribuidora de materiais e medicamentos, precificou a ação em R$ 21,21 em sua oferta subsequente (follow-on). A transação movimentou um total de R$ 1,23 bilhão, sendo R$ 778,35 milhões na oferta primária e R$ 445,41 milhões na oferta secundária.
A demanda foi cinco vezes superior em relação ao volume ofertado e veio tanto de investidores estrangeiros quanto locais.
O valor de R$ 21,21 representa um desconto de 2,12% sobre o fechamento do dia anterior. Ainda assim, está acima dos R$ 19,92 que foi o preço da oferta inicial das ações (IPO), em 2021, quando captou R$ 700 milhões. Entre as empresas de saúde que fizeram ofertas subsequentes nesse momento de crise no setor, a Viveo é a única que conseguiu um valor superior ao registrado no IPO.
Os acionistas de referência — que são a família Bueno e o fundo DNA Capital que também participam de outros negócios, como Dasa — não venderam suas participações. O bloco controlador formados pelos fundos Genôma I e VI, que atualmente, tem 58% reduz sua fatia para algo entre 40% e 45%.
Além desses fundos Genôma, que tem entre seus investidores a família Bueno, DNA Capital, entre outros, o GIC tem 10% e a Dynamo, 5,5%.
Os recursos captados nesta oferta serão destinados a crescimento orgânico e aquisições. Além disso, a oferta ajudará a baixar a alavancagem dos atuais 2,7 vezes o Ebitda para 1,7 vez. Neste ano, a estimativa do mercado é que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atinja R$ 1 bilhão.
Segundo fontes, há pouco mais de um ano, a Viveo e sua concorrente Elfa, controlada pelo Pátria, conversaram sobre uma possível fusão.
Foram coordenadores da oferta Itaú BBA, BTG Pactual, UBS, Citi, Bradesco BBI, Santander, BofA e Goldman Sachs.
Fonte: Valor Econômico