Por Adriana Cotias, Valor — São Paulo
04/08/2023 21h17 Atualizado há 2 dias
Após a aprovação da compra dos ativos do Credit Suisse (CS) no Brasil, o UBS lançou uma oferta competitiva para vender a carteira de ativos imobiliários do grupo adquirido. Foi uma forma de defesa à investida de concorrentes que passaram a sondar executivos da área para transferência de gestão meses atrás, quando o CS enfrentava uma crise de confiança, com debandada de investidores, segundo uma fonte a par das movimentações. O desfecho foi a venda apressada do Credit Suisse para o principal concorrente, em março, num casamento arranjado pelas autoridades suíças.
Por se tratar de fundos imobiliários listados em bolsa, bastaria a aprovação de metade dos cotistas em assembleia para a mudança de gestor. Foi assim que André Freitas, ex-executivo líder da área imobiliária do CS, construiu as bases da Hedge Investments, levando fundos que já tocava na casa anterior.
O UBS preferiu agora uma venda organizada, colocando no pacote os ativos e o time, e lançou um “request for proposal”, para receber propostas de eventuais interessados. É uma forma de capturar valor numa área em que não tem foco no Brasil.
Nenhum porta-voz do UBS ou do Credit Suisse quis comentar.
Pelos últimos dados da Anbima, que representa o mercado de capitais e de investimentos, o que está em jogo é uma carteira de R$ 10,4 bilhões no segmento imobiliário, de um total de R$ 76,5 bilhões em recursos de terceiros pelo Credit Suisse ao fim de junho.
Fonte: Valor Econômico


