Por Lucianne Carneiro, Valor — Rio
19/01/2023 13h59 Atualizado há 21 horas
A renda média do trabalhador brasileiro avançou 7,1% no trimestre encerrado em novembro de 2022, ante igual período de 2021. Foi a primeira alta após seis trimestres de queda, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). O valor ficou em R$ 2.787, uma diferença de R$ 186, considerando o valor real.
Para a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, o movimento é explicado tanto pela melhora da composição da população ocupada – com avanço dos trabalhadores formais – como pelo alívio da inflação. Ela explica que são “dois cenários muito distintos no intervalo de um ano”.
“Um ano antes, tinha tanto o avanço inflacionário quanto o emprego com carteira perdendo rendimento em termos reais, e o setor público também. Um ano depois, o cenário inflacionário é mais contido, embora ainda tenha inflação de cerca de 6% ao ano. E tem um cenário em que o trabalhador com carteira assinada está tendo ganhos e o setor público também cresce seus ganhos, junto com queda da informalidade”, afirma ela.
No caso da inflação, é possível observar com clareza esse impacto ao comparar a variação do rendimento em termos reais com a variação em termos nominais – esta última que não inclui o impacto da evolução dos preços.
Em termos nominais, o crescimento da renda do trabalhador foi de 14%, maior que o de 7,1% registrado em termos reais. Em valores absolutos, o aumento foi de R$ 186 em termos reais e de R$ 343 em termos nominais.
Na comparação frente ao trimestre anterior, o crescimento da renda média do trabalhador cresceu 3% em termos reais – uma diferença de R$ 81 – e 2,7% em termos nominais – uma diferença de R$ 74.
Fonte: Valor Econômico

