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O Ministério da Saúde adquiriu, nesta semana, as primeiras unidades do medicamento da Roche para dois pacientes com distrofia muscular de Duchenne, o Elevidys. A distrofia muscular de Duchenne é uma doença genética rara, que atua de forma degenerativa nos tecidos musculares.
O preço do Elevidys foi definido em R$ 13,6 milhões em um cenário de intensa judicialização. No ano passado, pelo menos setenta processos pediam o fornecimento do medicamento milionário e, há um mês, o assunto entrou na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o Ministério da Saúde, o STF determinou que a pasta comprasse o medicamento em um prazo de 90 dias para os pacientes que cumprissem todos os requisitos para o tratamento, como a idade de 4 anos a 8 anos incompletos. Os dois pacientes, que têm até 150 dias para receber o medicamento na faixa etária indicada, passaram por uma avaliação clínica do Serviço de Referência em Doenças Raras do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
O Elevidys faz parte do portfólio de inovações da Roche, que já representa mais da metade do faturamento anual de R$ 4,6 bilhões da companhia no Brasil. A Roche afirma que investiu R$ 610 milhões em pesquisas clínicas no último ano, o que representa alta de 10% em relação aos aportes de 2023.
De acordo com a presidente da divisão farmacêutica brasileira, Lorice Scalise, os novos medicamentos não necessariamente são produtos de alto custo. A executiva afirma ainda que o benefício dos produtos deve ser uma questão prioritária aos preços.
“Os pacientes têm que estar à frente daquilo que a gente faz, e nenhuma vida é irrelevante. São produtos muito relevantes em termo de condução médica e perspectiva de cura”, afirma ao Valor.
Lorice Scalise aponta que o portfólio da companhia inclui produtos para oftalmologia e neurologia, por exemplo, que são submetidos à avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para serem disponibilizados na rede pública.
Fonte: Valor Econômico