Mudança ocorreu após a agência alterar, na véspera, a nota soberana do Brasil
Por Felipe Laurence, Valor — São Paulo
Correção: A nota publicada às 15h17 dizia erroneamente que a S&P Global Ratings havia elevado a perspectiva de neutro para positivo de 13 empresas brasileiras. Na realidade, foram 22 companhias. Segue abaixo a íntegra da versão corrigida.
A S&P Global Ratings alterou a perspectiva das notas de crédito de 22 empresas brasileiras de neutro para positiva, após ter feito o mesmo para a nota do Brasil na noite de quarta-feira, por terem suas classificações direta ou indiretamente pelo rating soberano.
Petrobras, BRF, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Energisa, Neoenergia, MRS Logística, Companhia Energética de São Paulo (Cesp), Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), EDP Espírito Santo, Energisa Paraíba e Energisa Sergipe foram empresas afetadas.
“Os ratings de longo prazo na escala global ‘BB-’ do Brasil limitam vários ratings corporativos e de infraestrutura, dado que acreditamos que, em caso de default soberano, muitas dessas entidades também passariam por um estresse de crédito”, afirmam os analistas liderados por Diego Ocampo, sobre essas 13 empresas.
Outras 9 empresas também tiveram suas perspectivas alteradas de neutro para positiva por terem vários pontos fortes de crédito que contribuem para algum isolamento de um possível estresse na nota soberana. Caso o rating do Brasil seja elevado suas notas também seguiriam o mesmo caminho.
Ambev, Ultrapar, Raízen, Localiza, Votorantim, Votorantim Cimentos, Nexa Resources, MV24 Capital e Ache Laboratórios Farmacêuticos são as companhias que a S&P destaca que também passariam por esse movimento de elevação na nota de crédito caso a classificação soberana do Brasil suba.
A agência de classificação de risco afirma que a perspectiva positiva indica a probabilidade de elevação das notas de crédito dessas empresas após ação similar nos ratings soberanos. A S&P pode elevar a classificação do Brasil nos próximos dois anos caso o País implemente políticas econômicas pragmáticas.1 de 1 A agência pode elevar a classificação do Brasil nos próximos dois anos caso o país implemente políticas econômicas pragmáticas.
Fonte: Valor Econômico