O banco de investimentos americano Goldman Sachs prevê que o índice S&P 500 terminará o ano que vem com 4,7 mil pontos, representando um ganho médio de 5%. Apesar da estimativa, o banco diz que o primeiro semestre do índice deve ser estável, em torno de 4,5 mil pontos, com os retornos se concentrando no segundo semestre. Com a economia americana crescendo num ritmo modesto para evitar uma recessão, “os lucros devem aumentar com uma relação de preço sobre lucro próxima da atual, de 18 vezes”, projetam os analistas em relatório.
O banco ainda espera um crescimento de 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos em 2024, acima do consenso, e diz que as ações já refletem essa visão. Apesar disso, as margens estão estabilizadas, sendo improvável uma expansão dos atuais níveis, que o banco considera como elevados. O mesmo vale para os múltiplos, que, sob o ambiente macroeconômico, não possuem tendência de expansão.
As eleições presidenciais no fim do ano que vem também devem afetar o preço das ações. No final do ano, o primeiro corte da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) e a resolução das eleições irão elevar os preços das ações nos EUA, segundo o Goldman.
Desempenhando melhor que a média do S&P 500 devem estar as sete maiores empresas americanas de tecnologia, chamadas de “Magnificent 7”.
Para o banco, as ações de Nvidia, Tesla, Meta Platforms, Apple, Amazon, Microsoft e Alphabet devem superar coletivamente o restante do índice no ano que vem. Mas, apesar disso, esses papéis, que têm um crescimento de receita previsto mais forte e margens mais altas, possuem um perfil de risco e recompensa não muito atraente dadas as expectativas elevadas do mercado, conclui o banco.
Fonte: Valor Econômico

