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Depois de remarcar a data de precificação do IPO da Pershing US (PSUS), um veículo de investimento listado, Bill Ackman decidiu na quarta-feira cancelar de vez a listagem. O fundador da gestora descartou que tenha havido falta de demanda para o fundo, mas afirmou que a estrutura proposta por meio de oferta pública foi um obstáculo para os investidores nas conversas ao longo de sete semanas de road show.
Quando Ackman colocou a oferta da rua, a intenção era levantar US$ 25 bilhões. Há poucos dias, diante de outra realidade e esticando o prazo de fechamento da operação, já falava em US$ 2 bilhões. O volume se somaria ao que o grupo Pershing já tem sob gestão, gerando taxa de administração para a firma – inclusive para seus novos acionistas.
No início de junho, a Pershing fez uma transação com um grupo de investidores, incluindo BTG Pactual, Arch Capital e Iconiq Investment, vendendo 10% da gestora por US$ 1,05 bilhão. O valuation foi considerado alto, quando comparado à precificação em bolsa de concorrentes com receitas maiores, como a TPG.
Ainda que essa rodada privada com os investidores não tenha, diretamente, a ver com o veículo que tentava IPO, já que se trata de diferentes estruturas e uma captação não estava condicionada à outra, um valuation com prêmio em relação aos pares indica perspectivas relevantes de crescimento para a Pershing. Nos planos de curto prazo da firma, isso incluía o megafundo listado.
Não é que sem o IPO a gestora não possa colocar o veículo de pé – foi isso, aliás, que Ackman sinalizou em seu comunicado ontem. Mas, de imediato, o que pareceu salgado há dois meses soa amargo hoje.
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Fonte: Valor Econômico

