A doença inflamatória intestinal refere-se a duas condições, a doença de Crohn e a colite ulcerosa, cujos sintomas incluem diarreia persistente, dor abdominal, fadiga e perda de peso
Por Marthe Fourcade, Bloomberg
A Sanofi concordou em pagar à Teva Pharmaceutical Industries Inc. até US$ 1,5 bilhão para ajudar a desenvolver e vender um medicamento para doenças inflamatórias intestinais, seu segundo acordo para obter um novo tratamento experimental esta semana.
A Teva receberá um pagamento adiantado de 469 milhões de euros (US$ 490 milhões) e o restante à medida que o medicamento ultrapassar certos marcos, disseram as empresas em comunicado na quarta-feira.
O medicamento, conhecido como TEV’574, está em fase intermediária de testes, e a Sanofi liderará seu desenvolvimento em estágio final. O tratamento pertence a uma classe de anticorpos monoclonais chamados anti-TL1As porque têm como alvo essa proteína, que se acredita desempenhar um papel na inflamação intestinal e também na asma. Outras empresas que desenvolvem compostos desta classe incluem a biotecnologia americana Prometheus BioSciences e a Pfizer.
O medicamento é uma boa opção para a Sanofi e é positivo no curto prazo para a Teva, que economizará nos custos de desenvolvimento e ganhará um parceiro focado em imunologia, segundo analistas do Morgan Stanley.
“Acreditamos que o TEV’574 poderá emergir como a melhor opção para pessoas que vivem com doenças gastrointestinais graves”, disse Paul Hudson, CEO da Sanofi.
A doença inflamatória intestinal refere-se a duas condições, a doença de Crohn e a colite ulcerosa, cujos sintomas incluem diarreia persistente, dor abdominal, fadiga e perda de peso. Estima-se que 10 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com DII, disseram as empresas.
A Bloomberg News informou em maio que a Teva estava explorando opções para o tratamento. A empresa, uma das maiores fabricantes mundiais de medicamentos genéricos, revelou uma mudança de estratégia no início deste ano que a fará concentrar-se mais no desenvolvimento de produtos inovadores, bem como de biossimilares – versões mais baratas de medicamentos biológicos complexos.
Fonte: Valoir Econômico