A presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de Dallas, Lorie Logan, disse nesta quarta-feira que, embora os riscos de um repique da inflação tenham diminuído, eles não desapareceram. “Eu continuo a ver um risco significativo de a inflação ficar acima da meta de 2%”, disse ela na Conferência sobre o Futuro da Energia Global, em Houston. “ Métricas de inflação de imóveis estão acima do período pré-pandêmico, mas dados recentes são encorajadores”, disse.
Segundo Logan, esse cenário pode se estabelecer se a demanda agregada se mostrar mais forte que o previamente esperado. “A resiliência do consumo e a força do PIB sugerem uma potencial inesperada forte demanda, da mesma forma que as revisões para cima da renda doméstica e da taxa de poupança”, disse.
Logan se mostra preocupada que as condições financeiras também podem impulsionar a demanda além do que a economia poderia sustentar. “A meta dos Fed funds influencia a atividade econômica indiretamente, porque a maioria das famílias e empresas pagam juros de longo prazo que refletem sua capacidade de crédito. As condições financeiras ficaram mais frouxas em relação ao ano passado. As taxas hipotecárias recuaram, o mercado acionário está perto de recordes históricos e os spreads de crédito estão próximos de mínimas históricas. Mesmo que a avaliação atual da demanda esteja correta, uma flexibilização sem justificação das condições financeiras poderia impulsionar os gastos e desequilibrar a demanda agregada em relação à oferta”, alerta a dirigente.
Para Logan, estes riscos indicam que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed não deveria se apressar em reduzir os juros para um nível neutro, mas proceder de forma gradual, enquanto monitora o comportamento das condições financeiras, consumo, salários e preços. Segundo ela, reduzir juros gradualmente dará tempo para avaliar o quanto juros estão restritivos
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Fonte: Valor Econômico

