O secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, afirmou, na noite de terça-feira (5), que o governo britânico está preparado para emprestar à Ucrânia todos os ativos congelados do Banco Central russo, como garantia de que Moscou pague reparações a Kiev no final da guerra.
A proposta é mais radical do que os planos discutidos na União Europeia (UE) para que a Ucrânia receba apenas os lucros provenientes dos ativos do Banco Central russo mantidos pelo Ocidente, estimados em US$ 4 bilhões, anualmente, segundo o “The Guardian”.
“Estamos buscando o máximo de unidade do G7 e da UE nisso, mas, se não conseguirmos, acho que teremos que avançar com aliados que desejam tomar essa ação”, afirmou Cameron, completando que não acredita que o plano para os títulos prejudicaria a reputação de Londres.
No entanto, a medida assume que a Ucrânia vencerá o conflito militar contra a Rússia e que o governo russo estaria disposto a pagar a reparação de danos causados ao país, o que, no cenário atual, parece inimaginável.
A UE estima que cerca de 260 bilhões de euros em ativos do banco central russo foram congelados na forma de títulos e dinheiro nas jurisdições dos países do bloco, do G7 e da Austrália, com mais de dois terços desses mobilizados na UE.
O plano seria especialmente útil para a Ucrânia, pois forneceria uma nova fonte de fundos para comprar armamentos e financiar seu déficit orçamentário se o Congresso dos EUA continuar bloqueando a extensão da ajuda ao país.
Fonte: Valor Econômico

