Índice da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos vai de 2,6% a 5,06%, com reajuste médio ponderado de 3,48%, enquanto o IPCA acumulado nos 12 meses encerrados em fevereiro ficou em 5,06%
O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) afirma que o reajuste anual de preços de medicamentos, cujo índice ficou abaixo da inflação, pode “impactar negativamente” os investimentos no setor.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, a associação destaca que o índice calculado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) vai de 2,6% a 5,06%, com reajuste médio ponderado de 3,48%. Já a inflação acumulada nos 12 meses encerrados em fevereiro, medida pelo IPCA, ficou em 5,06%.
O presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini, afirma que o reajuste que entra em vigor nesta segunda-feira será o mais baixo dos últimos sete anos, “o que pode impactar negativamente os contínuos e fundamentais investimentos da indústria farmacêutica instalada no país em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de novos produtos e na modernização e construção de novas fábricas”, diz no comunicado da entidade.
De acordo com o Sindusfarma, o setor farmacêutico é o único de bens de consumo submetido a controle de preços, com um reajuste de preços de produtos autorizado por ano para compensar o aumento de custos dos 12 meses anteriores.
“No marco do atual modelo de controle de preços de medicamentos, as empresas do setor têm notórias dificuldades para equilibrar suas contas”, afirma a entidade. A inflação geral medida pelo IPCA entre 2015 e 2025 foi de 74,9%, segundo o Sindusfarma, enquanto o reajuste de preços de medicamentos foi de 73,4%.
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