“Forneceremos aos pacientes nos Estados Unidos o primeiro produto genérico de GLP-1 especificamente indicado para perda de peso”, diz Ernie Richardson, da Teva nos EUA
A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) aprovou, nesta quinta-feira (28), o primeiro medicamento genérico para perda de peso, uma versão genérica do Saxenda da Novo Nordisk, produzida pela Teva Pharmaceutical.
O Saxenda, nome comercial do liraglutida, recebeu aprovação inicial em 2014. Custa cerca de US$ 1.350 por mês sem descontos e reembolsos de seguro. Agora, a Teva está lançando sua própria versão do liraglutida para adultos com obesidade e adolescentes de 12 a 17 anos.
Assim como o popular medicamento para perda de peso da Novo, Wegovy, o Saxenda imita o hormônio GLP-1 para reduzir o apetite e melhorar os marcadores de glicose no sangue.
“Com esta aprovação e o lançamento de um Saxenda genérico, forneceremos aos pacientes nos Estados Unidos o primeiro produto genérico de GLP-1 especificamente indicado para perda de peso”, disse Ernie Richardson, chefe de genéricos comerciais da Teva nos EUA, em comunicado.
Teva Pharmaceutical x Novo Nordisk
O Saxenda nunca foi um grande sucesso para a Novo Nordisk. Nos últimos quatro anos, gerou US$ 5,03 bilhões em vendas combinadas. Somente no ano passado, o Wegovy trouxe US$ 8,13 bilhões em vendas. Este ano, os analistas projetam US$ 12,63 bilhões para o Wegovy e US$ 551 milhões para o Saxenda.
Ainda assim, o Saxenda pode ser uma oportunidade para a Teva Pharmaceutical. Farmácias de manipulação vêm reduzindo as vendas do gigante de perda de peso da Novo Nordisk, Wegovy, mostrando que os pacientes buscam uma opção de menor custo. Medicamentos genéricos frequentemente custam significativamente menos que suas versões de marca.
A liraglutida genérica é o quinto medicamento genérico lançado pela Teva este ano, disse Richardson. Ele descreveu o produto para perda de peso como “uma adição importante ao diversificado portfólio de genéricos complexos da Teva, demonstrando mais uma vez nossa comprovada capacidade de sustentar uma potência mundial em genéricos”.
Fonte: Valor Econômico