O risco de uma paralisação do governo dos Estados Unidos em 18 de novembro diminuiu após o presidente da Câmara dos Representantes do país, Mike Johnson, propor um plano temporário de financiamento do governo sem insistir nos cortes de gastos profundos que os mais conservadores buscavam.
Johnson finalizou sua proposta a menos de uma semana do fim do atual plano de gastos, deixando pouco tempo para que Republicanos e Democratas negociem para evitar uma paralisação. Mas ao se recusar a impor o corte imediato de 30% nos gastos e mudanças nas leis de asilo dos EUA exigidos por alguns conservadores, Johnson melhora a perspectiva de uma solução de consenso.
A proposta estenderia o financiamento para algumas agências do governo até janeiro e para outras até fevereiro. Embora a ideia possa sofrer resistência dos Democratas, é mais provável que ela passe no Senado em razão da falta de cortes de gastos imediatos.
Uma extensão até 19 de janeiro se aplicaria ao financiamento dos departamentos de Assuntos de Veteranos de Guerra, Energia, Agricultura, Transporte, Habitação e Desenvolvimento Urbano, com o restante estendido até 2 de fevereiro. Líderes Republicanos planejam uma votação da Câmara na terça-feira – o que pode encerrar o breve período de lua-de-mel de Johnson com os rebeldes conservadores do partido.
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Deputado republicano Mike Johnson — Foto: AP Photo/Jose Luis Magana
Conservadores mais radicais têm exigido que Johnson inclua cortes imediatos de gastos e mudanças nas políticas de migração dos EUA a qualquer financiamento temporário para manter o governo aberto. Johnson quase certamente precisará de Democratas para aprovar seu plano na Câmara em razão dessas objeções.
Fonte: Valor Econômico

