Os preços ao produtor dos EUA subiram em janeiro acima do esperado, ressaltando as pressões inflacionárias persistentes que podem levar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a promover novos aumentos nas taxas de juros nos próximos meses.
O índice de preços ao produtor (PPI, pelas iniciais em inglês) avançou 0,7% no mês passado, o maior desde junho, impulsionado por custos mais altos de energia, de acordo com dados divulgados ontem pelo governo. O PPI subiu 6% em 12 meses – desacelerando em relação à taxa de dezembro.
O PPI, que é uma medida dos preços no atacado, tem esfriado nos últimos meses em meio à melhoria das cadeias de suprimentos, uma retração nos preços de muitas commodities e uma moderação na demanda de bens. No entanto, a inflação para os produtores parece ser mais resistente do que se esperava. Uma pesquisa da Bloomberg com economistas indicava que o índice aumentaria 0,4% em relação ao mês anterior.
Analistas consultados pelo diário “The Wall Street Journal” também tinham projetado uma alta de 0,4% em janeiro.
“Olhando para o futuro, a força do mercado de trabalho, bem como os preços globais das commodities, serão fundamentais para o quadro geral da inflação”, disse Rubeela Farooqi, economista-chefe da High Frequency Economics para os EUA. “Esses dados manterão o Fed no caminho certo para aumentar ainda mais as taxas de juros”, afirmou Farooqi.
Embora o número geral tenha sido reforçado por um salto de 1,2% nos preços dos bens, também o maior desde junho, algumas medidas importantes de serviços aumentaram firmemente. Atendimento ambulatorial hospitalar aumentou 1,4% no mês passado, enquanto os índices de preços para varejo de automóveis e serviços aéreos também subiram.
Fonte: Valor Econômico

