Hoje, produto da AC Immune é testado em pacientes com doença em estágio inicial e em adultos que têm síndrome de Down
- O Estado de S. Paulo.
- 15 May 2024
- • VICTÓRIA RIBEIRO
Parceria para desenvolvimento do imunizante, em fase de teste, foi fechada por startup suíça e farmacêutica japonesa.
A farmacêutica japonesa Takeda, responsável pela vacina contra a dengue aplicada hoje no Brasil, anunciou que fechou um acordo que pode chegar ao valor de US$ 2,2 bilhões para apoiar o desenvolvimento de uma vacina fabricada pela startup suíça AC Immune contra a doença de Alzheimer.
De acordo com os termos do acordo, a AC Immune receberá um pagamento inicial de US$ 100 milhões, com a possibilidade de adicionar mais US$ 2,1 bilhões caso os objetivos sejam alcançados. Além disso, a empresa também terá direito a mais de 10% em royalties sobre qualquer venda.
A farmacêutica diz que a vacina, chamada ACI-24.060, foi concebida para induzir a produção de anticorpos capazes de atuar contra a formação de placas da proteína beta-amiloide no cérebro, uma das características do Alzheimer. Atualmente, o produto é testado em pacientes com Alzheimer em estágio inicial e adultos com síndrome de Down, visando a avaliar segurança, tolerabilidade e eficácia.
RESULTADOS PRELIMINARES.
De acordo com a Takeda, resultados preliminares indicam que a vacina tem demonstrado eficácia, “com evidências claras de resposta imune contra as formas tóxicas da proteína beta-amiloide”. Até o momento, o Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados (DSMB) não identificou preocupações de segurança.
Além disso, a Takeda afirmou que, após a conclusão do ensaio clínico conduzido pela AC Immune, assumirá a responsabilidade pela condução e pelo financiamento dos trabalhos clínicos adicionais. A farmacêutica também afirmou que vai se responsabilizar por todas as atividades regulatórias globais e pela comercialização da vacina.
“Estamos desenvolvendo uma abordagem que pode mudar o paradigma de tratamento para a doença de Alzheimer e minimizar as inúmeras dificuldades que pacientes e a comunidade em geral enfrentam. A associação com a Takeda nos permite alcançar o impacto máximo do ACI24.060, o que também pode nos ajudar a avançar rapidamente para a fase 3”, disse a CEO da AC Immune, Andrea Pfeifer.
O que ocorre agora?
Farmacêutica assumirá financiamento e condução dos trabalhos clínicos adicionais
Fonte: O Estado de S. Paulo