Os Estados Unidos criaram 254 mil vagas de trabalho em setembro, o que representa uma forte aceleração em relação ao número revisado de 159 mil vagas em agosto (o valor anterior era 142 mil). É o que divulgou o Bureau of Labor Statistics no relatório conhecido como ‘payroll’. O valor ficou bem acima das projeções: analistas esperavam que fossem criadas 146 mil vagas no mês passado.
Já a taxa de desemprego caiu ligeiramente em relação ao mês anterior, passando de 4,3% para 4,1%. O número ficou abaixo das expectativas, de queda para 4,2%.
Por fim, os rendimentos médios por hora de todos os empregados em folhas de pagamento privadas aumentou em 0,44%. O número ficou acima das projeções dos analistas, que esperavam avanço de 0,3%.
O payroll fecha uma sequência de três dados muito aguardados pelo mercado nesta semana, sendo o mais importante deles. Na terça (1), soubemos de vagas em aberto acima do esperado: subiu para 8 milhões em agosto, contra expectativa de 7,66 milhões. Na quarta (2), foi a vez de a geração de postos pela iniciativa privada também surpreender para cima.
No momento, investidores olham para esses números tentando entender se, na reunião de novembro do banco central americano, a expectativa de um corte de juros será confirmada na dose de 0,25 ponto percentual ou 0,5 ponto percentual.
O ritmo do mercado de trabalho dos Estados Unidos tem sido capital para determinar o rumo dos juros por lá. É apontado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) como uma das principais variáveis a serem observadas.
A depender da oferta de vagas, há mais ou menos pressão de alta no ritmo dos salários. E, portanto, no poder de consumo e na inflação. Sinais de quentura do mercado de trabalho, portanto, jogam a favor de mais juros, de modo a inibir o crescimento da economia. Já se as coisas esfriam, pode haver espaço para taxas caírem sem, em troca, turbinar o custo de vida.
Fonte: VALORINVESTE

