A empresa informou ter alcançado 6,1% de participação no mercado brasileiro no terceiro trimestre, ante 5,2% um ano antes
Por Daniela Braun, Valor — São Paulo
08/11/2022 11h48 Atualizado
pós a aquisição da Extrafarma, em agosto, a rede de farmácias Pague Menos prevê elevar a participação orgânica de mercado no segundo semestre de 2023.
- LEIA MAIS:
- Lucro da Pague Menos no 3º trimestre cresce 182%
- O grupo que fatura R$ 1,2 bi e desafia grandes redes de farmácias na região Norte
“Algumas redes regionais, especialmente no Nordeste, estão estagnadas em termos de abertura de lojas então não percebemos um ritmo de competição elevado”, disse Luiz Novais, diretor financeiro, em conferência com analistas.
A empresa informou ter alcançado 6,1% de participação no mercado brasileiro no terceiro trimestre, ante 5,2% um ano antes. A maior fatia do grupo está na região Nordeste com 19,4% no terceiro trimestre, ante 17,8 um ano antes, e no Norte, onde a fatia da Pague Menos aumentou de 9,3% para 15,7%, no período. Nas regiões Sudeste e Sul, a participação da empresa foi de 1,7% e 1%, respectivamente, entre julho e setembro.
Mario Queirós, diretor-presidente da rede, disse que negocia com fornecedores para mitigar a falta de abastecimento de alguns medicamentos, que está mais elevada em relação a 2022.
“Desde a [alta de casos da variante] ômicron [na pandemia da covid-19], a indústria sofreu bastante na cadeia de abastecimento, principalmente para produtos infantis, amoxilina e antibióticos”, comentou Queirós. “Estamos negociando com fornecedores e parceiros para manter o pleno abastecimento das lojas, que ainda não voltou ao patamar de 2021.”
A Pague Menos concluiu a aquisição de 99% do capital social da rede Extrafarma no dia 1º de agosto, por R$ 737,75 milhões. Com a negociação, a Pague Menos se torna a segunda maior rede de farmácias do país.
No terceiro trimestre, a Pague Menos obteve lucro líquido consolidado de R$ 84,45 milhões, considerando dois meses de incorporação da Extrafarma. O valor foi 182% superior ao reportado um ano antes.
No entanto, a companhia reportou prejuízo atribuído ao controlador de R$ 305 milhões entre julho e setembro, contra um resultado zerado no mesmo período do ano anterior.
Parte do prejuízo, segundo Novais, reflete custos com demissões devido à consolidação com a Extrafarma. Os ajustes, segundo ele, se estenderão no quarto trimestre e a situação deve se equilibrar no início de 2023.
Novais destacou que a Extrafarma tem potencial para ampliar o faturamento em mesmas lojas e elevar as vendas em medicamentos sem patentes, vendidos em prescrição médica, e em marcas próprias.Como parte da aquisição, a Pague Menos trabalha para unificar o abastecimento da rede pelos dois centros de distribuição (CDs) que eram exclusivos da Extrafarma, em Aquiraz (CE) e em Guarulhos (SP), passando a contar com nove CDs no país.
“Estamos mantendo o estoque em 115 dias e devemos chegar a 122 dias para adaptar o uso dos centros de distribuição da Extrafarma na rede Pague Menos”, disse Queirós.
Os serviços de televendas e de compras on-line com retirada na loja também estão em fase de integração.
Outra aposta da empresa é um serviço de saúde por assinatura chamado Sempre Bem Saúde, que alcançou 30 milhões de assinantes em setembro e 36 milhões, em outubro. Nos próximos meses, a rede levará o serviço a micro e pequenas empresas que não têm planos de saúde, informou Renato Camargo, vice-presidente de marketing e relacionamento com o cliente da empresa.
Veja tudo sobre o balanço da Pague Menos e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a companhia no Valor Empresas 3601 de 1 A Pague Menos trabalha para unificar o abastecimento da rede pelos dois centros de distribuição (CDs) que eram exclusivos da Extrafarma, em Aquiraz (CE) e em Guarulhos (SP), passando a contar com nove CDs no país — Foto: Divulgação
A Pague Menos trabalha para unificar o abastecimento da rede pelos dois centros de distribuição (CDs) que eram exclusivos da Extrafarma, em Aquiraz (CE) e em Guarulhos (SP), passando a contar com nove CDs no país —
Fonte: Valor Econômico