Ministro promoveu Adriano Massuda para a secretaria-executiva e manteve Ana Estela Haddad; Gleisi ainda dialoga com alas do PT
11/03/2025 16h16 Atualizado há 9 horasPresentear matéria
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na terça-feira (11) seu novo secretariado. Ele indicou Adriano Massuda, que era secretário de Atenção Especializada (SAE) para a secretaria-executiva, ou o número dois da pasta. Já Ana Estela Haddad, mulher do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será mantida na Secretaria de Informação e Saúde Digital da Saúde.
Por outro lado, Gleisi Hoffmann, que substituiu Padilha na Secretaria de Relações Institucionais (SRI), ainda deve demorar mais alguns dias para oficializar sua equipe. Mas alguns nomes já eram dados como certos, enquanto outros começavam a circular no Palácio do Planalto.
Na Saúde, Padilha promoveu Massuda, que chegou ao ministério no ano passado para socorrer a ministra Nísia Trindade, então em dificuldades para solucionar a crise nos hospitais federais do Rio. Ele chegou a ser cotado para substituir Nísia como titular do ministério, mas Lula acabou optando por Padilha, que já havia ocupado o posto no primeiro mandato de Dilma Rousseff, entre 2011 e 2014.
Outro que permanecerá na Saúde será Felipe Proenço, que estava na Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAP). Ele foi deslocado para a secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (Sgtes). Ricardo Weibe Tapeba também permanecerá à frente da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai).
Entre os novos secretários, estão Mariângela Simão, que assumirá a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA); Mozart Sales, assumirá a Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (Saes). Ele integrava a equipe de Padilha na Secretaria de Relações Institucionais (SRI).
Ana Luiza Caldas assumirá a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps); Fernanda De Negri será a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics).
Gleisi, por sua vez, começa a montar equipe que a auxiliará na articulação política do governo.
Três nomes são cogitados para a secretaria-executiva, número 2 da pasta: Swedenberger Barbosa, que era secretário-executivo de Nísia Trindade na Saúde; José Zunga de Lima, que assessorava Gleisi no PT; e Maria Fernanda Coelho, que presidiu a Caixa no governo Lula 2 e início da gestão Dilma Rousseff, entre março de 2006 e março de 2011.
O nome mais forte até o momento para a secretaria-executiva é o de Zunga, segundo as fontes. Mas integrantes da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) afirmam que Maria Fernanda Coelho poderia ajudar na interlocução com a Caixa para destravar questões técnicas na execução de emendas parlamentares.
O chefe de gabinete de Gleisi será o médico e diplomata Marcelo Costa, que já trabalhou com Gleisi no Senado e na Prefeitura de São Paulo com Fernando Haddad. Sua nomeação, segundo apurou o Valor, já está fechada. Assim como a do jornalista Ricardo Amaral, que assessorava Gleisi no PT e já despacha com ela no Palácio do Planalto.
Também está certa a nomeação de Tânia Oliveira, advogada e que assessorou o PT no Senado, para o cargo de chefe da Assessoria Especial de Gleisi.
André Ceciliano, ex-deputado estadual do PT no Rio e atual secretário de Assuntos Federativos, continuará na SRI. Mas deverá ser transferido para a Secretaria Especial de Assuntos Parlamentares (Separ). Segundo as fontes, o martelo para esta mudança “está quase batido”, mas ainda não se sabe quem irá substituí-lo. Ceciliano é tido por fontes no Planalto como um “homem de Lula”, por conta de sua proximidade com o presidente da República.
Amanda Rodrigues, que foi candidata a vice-prefeita em João Pessoa e é casada com o ex-prefeito Ricardo Coutinho, deve assumir a Secretaria de Acompanhamento Governamental (Seag). O cargo é estratégico, pois a Seag encaminha os trâmites para a execução das emendas parlamentares.
Secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o chamado Conselhão, Paulo Pereira deve perder o cargo, segundo as fontes com quem o Valor conversou. Ainda não se sabe quem entrará em seu lugar. Ele deve ganhar alguma função no Ministério da Saúde, de acordo com fontes a par do assunto.
Segundo interlocutores, Gleisi deve demorar alguns dias para anunciar sua nova equipe. Ela ainda faz contatos com os cotados e dialoga com alas do PT para redistribuir a pastas deixa pelo antecessor Alexandre Padilha.
Procurada, Maria Fernanda Coelho diz que “não procede a informação” de que ela pode ir para a SRI. Atualmente, ela é diretora de Crédito Digital do BNDES. Swedenberger, por sua vez, afirma não ter sido procurado por Gleisi. Exonerado do Ministério da Saúde hoje, ele diz que retornará à Universidade de Brasília, onde é professor de ergonomia e odontologia legal.
Fonte: Valor Econômico