A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortou sua previsão para o crescimento da demanda pelo óleo pelo quarto mês consecutivo após adiar ainda mais o aumento planejado de produção em meio a preocupações do mercado sobre o consumo global mais fraco e preços mais baixos. O grupo agora espera que a demanda cresça 1,82 milhão de barris por dia neste ano e 1,54 milhão de barris por dia em 2025, o que marca uma redução em relação às estimativas anteriores de 1,93 milhão em 2025 e de 1,64 milhão no próximo ano.
O corte reflete os dados recebidos até agora neste ano, mas a previsão permanece otimista. A demanda global ainda é vista acima da média histórica, de 1,4 milhão de barris por dia antes da pandemia, impulsionada por viagens aéreas e mobilidade rodoviária, bem como atividades industriais, de construção e agrícolas, disse a Opep. A demanda global total é estimada em cerca de 104 milhões de barris por dia neste ano e em 105,6 milhões de bpd em 2025.
A Opep reduziu ainda mais sua previsão de crescimento da demanda chinesa, para 450 mil barris por dia neste ano, em relação à expectativa anterior de crescimento de 580 mil bpd, já que a demanda em setembro foi menor do que no mês anterior. No próximo ano, o crescimento da demanda da China é visto em 310 mil bpd, em comparação com 410 mil bpd previstos anteriormente pelo cartel.
Ainda assim, espera-se que o setor de viagens do país e a forte demanda petroquímica deem apoio ao consumo no curto prazo, enquanto as medidas de estímulo fiscal devem ter um efeito positivo no poder de compra dos consumidores e dar impulso a muitos projetos de infraestrutura. A crescente ansiedade em torno da demanda mais fraca na China tem pressionado os preços globais, especialmente depois que o maior importador de petróleo do mundo não liberou novos estímulos para sustentar o crescimento, decepcionando investidores internacionais.
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Fonte: Valor Econômico

