Segundo a organização, os casos parecem estar diminuindo devido a mudanças comportamentais entre grupos de risco e forte envolvimento com as comunidades para aumentar a conscientização
Por Valor — São Paulo
30/08/2022 16h29 Atualizado há 15 horas
Diante da queda de casos de varíola do macaco na Europa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que é possível conter o surto mesmo com a falta de vacinas contra a doença no mercado.
A OMS enfatizou a importância da vacina para a saúde pública, mas destacou que elas não são a única maneira de conter o avanço da doença, segundo explicou o chefe da OMS para a Europa, Hans Kluge, durante coletiva nesta terça-feira (30).
Como um dos bons exemplos de combate à doença, Kluge citou Portugal, que realizou uma campanha de divulgação em parceria com grupos ativistas para promover a conscientização e lidar com o aumento de casos de varíola do macaco.
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Atualmente a única vacina liberada para uso contra a doença é feita pela empresa da Dinamarca, Bavarian Nordic, que vem fazendo esforços para aumentar a produção da vacina – chegando a fechar parceria com laboratório dos Estados Unidos para envasamento do medicamento na América do Norte – porém ainda não são suficientes para atender a crescente demanda mundial.
Segundo a OMS, os casos parecem estar diminuindo devido a mudanças comportamentais entre grupos de risco e forte envolvimento com as comunidades para aumentar a conscientização sobre como se proteger da varíola do macaco.
Novos casos de varíola dos macacos caíram globalmente pela primeira vez em um mês na semana passada, à medida que as infecções em toda a Europa diminuíram. No total, as infecções superaram 41 mil em mais de 90 países, com os EUA e outros países da América Latina liderando esta alta.
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— Foto: AP Photo/Rick Bowmer
Fonte: Valor Econômico