Por Dow Jones — Nova York
10/05/2023 15h31 Atualizado há 18 horas
Mesmo com a inflação dos Estados Unidos tendo atingido o menor patamar desde abril de 2021, indicadores mais específicos indicam que a queda nos preços ainda não é generalizada – e que o temor da inflação alta ainda não acabou completamente.
A inflação americana em abril permanece muito alta, segundo Brian Coulton, da Fitch, em nota sobre os dados do CPI divulgados nesta quarta-feira (10).
“O núcleo da inflação está se mostrando persistente”, disse Coulton, que ressalta que os preços de automóveis “aumentaram bastante” e a taxa anual de inflação de bens subiu para 2%, “portanto, não é mais uma fonte de desinflação”. Ele vê o movimento como “problemático quando a inflação de serviços ainda está em quase 7% ao ano”.
Outro aspecto negativo dos dados de inflação de abril foram os preços de serviços descontando aluguéis, indicador que está sendo acompanhado de perto pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Segundo Steven Blitz, da TS Lombard, esse dado é importante, pois é o que melhor “reflete as pressões salariais”.
“Esta medida está desacelerando desde meados de 2022 de seu pico de 11,6%”, disse Blitz. “A questão imediata é se essa medida de inflação permanecerá baixa”.
Ele defende que, se a economia acelerar, “poderíamos estar perto do ponto mais baixo da inflação desde talvez até agosto ou setembro”, embora acredite que, em vez disso, a recessão começará em meados do ano e reduzirá a inflação.
Fonte: Valor Econômico

