1 Feb 2023 MATHEUS PIOVESANA LUCAS AGRELA
O Nubank vai deixar de oferecer o serviço de assessoria de investimentos. Em comunicado enviado a clientes, a fintech afirmou que os canais de contato com especialistas foram encerrados ontem. Segundo apurou a reportagem, 40 pessoas que faziam parte do serviço foram demitidas.
“Dessa forma, seu contato com nossos especialistas, assim como o envio de eventuais materiais e recomendações de investimentos fornecidos por eles, se encerra neste momento”, informou o texto, obtido pelo Estadão/broadcast. “Todo o contato através do Whatsapp será descontinuado.”
Os cortes não têm relação com os fundos de investimento que tinham debêntures da Americanas na composição – e que tiveram queda de rendimento após a crise financeira da varejista vir à tona. Esses ativos são geridos pela Nu Asset.
De acordo com pessoas a par do assunto, o serviço de assessoria de investimentos começou a ser oferecido pelo Nubank há pelo menos um ano e meio. Era o único serviço da fintech com atendimento personalizado, semelhante ao que um gerente de banco ou agente autônomo de investimentos presta aos clientes em outras instituições.
Internamente, porém, a avaliação é de que a área não estava atingindo os objetivos esperados pela fintech. A mudança não afeta as aplicações dos clientes, ainda de acordo com o comunicado a que o Estadão/broadcast teve acesso.
Em nota, o Nubank afirmou que faz ajustes em sua estrutura regularmente, de acordo com as necessidades de negócio e dos clientes. “Depois de uma cuidadosa avaliação, a empresa decidiu encerrar o serviço de assessoria de investimentos, que estava disponível para uma pequena parcela de clientes”, disse a fintech, que não falou sobre o número de dispensas.
“O quadro de funcionários do Nubank aumentou de 6 mil para 8 mil funcionários em 2022, e, conforme já anunciado, a empresa segue contratando, no ritmo adequado para seus planos de negócios em 2023.”
O Nubank não é o primeiro a demitir no mercado de investimentos, que ganhou força com a queda da taxa de juros registrada entre 2018 e 2021. Empiricus e XP, por exemplo, estão entre as empresas que fizeram cortes. •
Fonte: O Estado de S. Paulo.

