Por Valor — São Paulo
05/10/2023 17h48 Atualizado há 15 horas
No discurso de abertura das reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial nesta quinta-feira (5), a diretora do organismo, Kristalina Georgieva, falou sobre as críticas recebidas pela suposta falta de envolvimento na discussão sobre mudanças climáticas. Ela afirmou ser importante a união em torno da questão e parceria para ajudar as economias em desenvolvimento, que, frisou ela, sofrem os impactos da crise que não geraram.
“A África contribuiu quase nada com o problema das mudanças climáticas, mas sofre duras consequências. É preciso que o continente esteja preparado para enfrentar essas consequências”, disse Georgieva.
No fim do discurso, a diretora do FMI falou de um novo fundo criado para ajudar esses países: “Criamos o Fundo de Resiliência e Sustentabilidade de US$ 40 bilhões”. De acordo com Georgieva, 11 programas usando o novo fundo já foram fechados, 6 deles na África.
O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, defendeu a ideia de empréstimos a taxas preferenciais para os países emergentes e um aumento da capacidade de endividamento de US$ 100 bilhões a US$ 125 bilhões em 10 anos.
Vários países, principalmente os africanos, defendem que a erradicação da pobreza e a ajuda a nações imersas em uma crise de dívida deveriam prevalecer sobre o financiamento da transição climática.
As reuniões da próxima semana ocorrem em um clima geopolítico tenso, particularmente entre China e EUA, o que complica as coisas e poderia atrasar as reformas.
Fonte: Valor Econômico

