Terras raras e minerais estratégicos são dois temas que poderão entrar nas discussões do tarifaço com os Estados Unidos. Mas o Brasil, agora, quer ser protagonista. Essa, pelo menos, é a intenção do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Em entrevista, nesta segunda-feira (29), para a rádio CBN, Alckmin usou o fato de o Brasil ter um dos subsolos mais férteis do mundo para explicar que o país pode deixar de ser mero exportador de matéria-prima para se tornar fornecedor de produto com maior valor agregado.
“Minerais estratégicos e terras raras é uma dessas áreas. O nosso desafio é fazer toda a cadeia produtiva de terras raras e não apenas exploração”, disse o vice-presidente.
Segundo Alckmin, isso passa por dois momentos: prospecção e exploração. O primeiro é fazer o levantamento do potencial. “Mais de 80% do que nós temos ainda não foi descoberto”, disse o vice-presidente. E o segundo é a exploração. “O que nós queremos é agregar valor no Brasil. Ter toda a cadeia produtiva.”
Alckmin deu como exemplo o recém-lançado Redata. O programa do governo que pretende atrair datacenters para o país com isenção de impostos. Segundo ele, somos o terceiro maior país com energia renovável do mundo. “E a isenção de impostos é um grande estímulo para atrair investimento privado”, afirmou Alckmin.
Segundo o governo, os incentivos previstos no Redata garantem isenção de tributos como PIS/Pasep, Cofins e IPI na aquisição de equipamentos de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC), importados ou produzidos no Brasil, destinados à implantação, ampliação e manutenção de datacenters. Equipamentos sem produção nacional similar ficam isentos também de imposto de importação.
Fonte: Valor Econômico

